segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A FENOMENAL GUERRA NAS ESTRELAS

Em 1977 o mundo ganhava fortes emoções nas telas com o lançamento do filme Guerra nas Estrelas. O sucesso foi tão grande que ganhou duas sequências lançadas em intervalos de três anos. 
Os fãs da trilogia queriam mais e tempos depois uma nova trilogia foi lançada culminando com a exibição do último filme em 2005. 
De lá para cá, nesta imensa década nada de novo em relação à Guerra nas Estrelas fora lançado. 
Agora, para alegria dos fãs e evidentemente para cativar um público novo, os estúdios da Disney preparam o que se denomina de episódio sete e que promete ser também um grande sucesso.

É sempre bom lembrar que Guerra nas Estrelas é a quarta série cinematográfica com maior bilheteria em todos os tempos, ficando atrás apenas dos filmes do Universo Marvel, James Bond e Harry Potter. Guerra nas Estrelas teve um faturamento de 4,41 bilhões de dólares e não bastasse os filmes, surgiram também uma franquia literária, uma série de jogos eletrônicos e desenhos animados.

Preparando-se para o novo lançamento os correios do Reino Unido vão emitir um novo conjunto de 18 selos de primeira classe para celebrar os filmes de Guerra nas Estrelas cujas peças estarão á venda a partir de 20 de outubro com uma cena ou personagem desde os primeiros seis filmes e três do novo lançamento. 
São selos vistosos e que convidam os apaixonados pelos filmes e pelas fortes emoções a olhar o universo da filatelia com outras possibilidades.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

RELEMBRANDO ÂNGELO ZIONI

Comecei a escrever sobre filatelia em 1979 quando ainda trabalhava no extinto Jornal dos Bairros de Curitiba. Naquela época, o jornalista filatélico Dirceu Teixeira de Lima, da cidade paranaense de Castro havia descoberto a existência do jornal e mandou uma carta pedindo um espaço para divulgar lançamentos filatélicos. Prontamente atendido, toda semana publicávamos sua coluna e assim durou por alguns meses até que o jornal encerrou suas atividades. O Dirceu reunia as mais recentes emissões e relatava em poucas palavras sobre cada emissão onde nós aplicávamos as ilustrações dos selos. Na medida em que fui acompanhando aquele importante trabalho, comecei a ganhar ainda mais interesse pela causa e mais tarde passei a escrever sobre filatelia em diversos jornais e revistas até culminar com uma vistosa coluna nas páginas do já extinto jornal O Estado do Paraná onde, durante 16 anos mantive, toda semana a coluna Jornal do Colecionador que, ao longo daquele período me rendeu 16 medalhas em exposições, entre bronze, bronze prateado, prata e prata grande. Mas o prêmio maior foi o conhecimento adquirido ao longo dos anos através da análise e pesquisa a respeito desses fragmentos coloridos que são os selos postais e que nos abrem todas as fronteiras. 
Naquele 1980 me chegava a notícia de que um dos maiores filatelistas do país acabara de falecer e com sua partida, nossa filatelia ficava órfã de um homem simples e talentoso. Ângelo Zioni ao longo de sua existência representou o que de melhor tínhamos então por aqui em se tratando de um estudioso do assunto, um grande divulgador da arte e que assim como nós, jornalistas filatélicos, passou a vida escrevendo importantes artigos sobre esta fantástica arte de colecionar selos postais.

Homem atuante, ocupou importantes cargos voltados à filatelia e após sua morte até um prêmio com seu nome fora instituído visando dar alento aos rumos da filatelia em tempos onde a informação eletrônica parecia ameaçadora para nossa arte filatélica. Em 2013 Ângelo Zioni foi muito lembrado por ocasião das comemorações do seu centenário de nascimento e nós, operários da escrita filatélica, colecionadores, comerciantes entre outros, temos que manter o nome de Ângelo Zioni sempre na lembrança de todos os que atuam no meio, considerando sua importante missão nos caminhos da filatelia e mais ainda, a paixão do homem pelos selos com uma visão profunda dos temas emitidos, das variantes todas que englobam a filatelia e de seus escritos, estudos minuciosos e de valor inestimável para esta arte que dia após dia, infelizmente, vem perdendo outros importantes filatelistas de outrora, homens que , a exemplo de Ângelo Zioni, também dedicaram boa parte de suas vidas aos selos postais e nos legaram coleções maravilhosas, estudos aprofundados em diferentes campos da filatelia, artigos esclarecedores e cada um, a seu tempo, sempre incentivando a arte filatélica que graças a Deus resiste ao tempo e à tecnlogia que nos cerca nestes dias. Fica então aqui mais esta singela homenagem e lembrança de Ângelo Zioni, o brasileiro filatelista que era, no seu tempo, o sinônimo vivo da arte de colecionar selos postais.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

SÉRIE SUSTENTABILIDADE: JOVEM APRENDIZ E REDUÇÃO DE EMISSÃO DE CO2

Com solenidade de lançamento ocorrida no último dia 10 em Brasília/DF, os Correios colocaram em circulação a série regular “Sustentabilidade: Jovem Aprendiz e Redução de Emissão de CO2 compsta por dois selos autoadesivos. Com tiragem limitada, os selos foram disponibilizados em folhas de 30 unidades com valores faciais de 1º Porte carta não Comecial (Jovem Aprendiz) e 1º Porte Carta Comercial (Redução de Emissão de CO2). 

 OS SELOS 

 JOVEM APRENDIZ: O selo retrata, por meio do desenho de um jovem, características próprias da maioria dos participantes do Programa Jovem Aprendiz, pessoas que estudam, estão conectadas e, por meio do programa, adquirem competências básicas ao ingresso no mercado de trabalho de forma mais qualificada. 
REDUÇÃO DA EMISSÃO DE CO2: A imagem do selo traz, em primeiro plano, o desenho de uma moto com a marca Correios e, também, uma tomada, caracterizando a inclusão das motos elétricas na frota da empresa. Ao fundo, o desenho de uma árvore representa que é possível exercer as atividades próprias do serviço postal com práticas sustentáveis. Foi utilizada a técnica de ilustração em vetor nas duas imagens.

terça-feira, 12 de maio de 2015

EXPRESSÕES POPULARES DA CHINA

A sabedoria milenar chinesa é o foco desta interessante série de selos postais que entraram em circulação no mês de março passado. A ideia das peças, através da Administração Postal de Chunghwa, em Taiwan é melhorar a compreensão dos adolescentes diante de algumas expressões idiomáticas que nasceram de antigas histórias da gente chinesa. Temos então no primeiro selo “Bo Le” que é o nome de uma constelação encarregada do estábulo celestial. Conta-se que durante o período da primavera e outono(770-476 aC), havia um homem chamado Yang Sun que muitos chamavam de Bo Le porque ele era especialista em cavalos. 
A lenda diz que em determinada época ele saiu em busca de um bom cavalo até que um dia ele viu um cavalo lutando para puxar uma carroça carregada com sal por uma ladeira íngreme. Quando ele se aproximou, o cavalo de repente relinchou alto e isto foi o sinal para Bo Le de que aquele era o cavalo que procurava. Depois desse episódio, as pessoas passaram a chamar qualquer um que fosse especialista na escolha de um bom cavalo de Bo Le. No segundo selo o tema volta-se para “A Ambição do Cisne”. Registros históricos apontam para um homem chamado Chen Ela, que era pobre quando jovem e trabalhava como lavrador. Um dia, ele disse com tristeza para seus colegas de trabalho: “Não vamos esquecer sobre o outro quando um de nós ficar rico um dia.” Os outros riram e lhe disseram: “Você é apenas um colono contratado. Você nunca vai ficar rico.” Suspirando, Chen retrucou: “Como pode um pardal conhecer a ambição de um cisne?” 
Esta passagem compara as pessoas comuns a pardais, que são incapazes de compreender as aspirações de um herói. Mas tarde a frase passou a ser usada para descrever uma grande ambição. Na terceira peça da série, o tema exalta “A Pena e a Espada”, fazendo referência ao capítulo 93 de O Romance dos Três Reinos onde um homem bate Kong Ming em seu próprio jogo. Surpreso, Kong Ming indaga sobre ele: “Quem é esse? Como é que ele vê através do meu truque?” Ele então se revela dizendo que é Jiang Wei, que é muito dedicado à sua mãe. Ele é adepto tanto da caneta como da espada.Além disso, ele é inteligente e corajoso e um companheiro verdadeiramente notável.
 A expressão “adepto tanto da caneta quando da espada” é usada para incentivar as pessoas a prestar atenção ao seu trabalho e suas habilidades extracurriculares. Finalmente na quarta peça, “A minúscula lâmina de grama”. A Canção do filho errante é um poema da dinastia Tang, do peta Meng Jiao e diz assim: “A agulha na mão de uma mãe amorosa vai para as roupas de seu filho errante. 
Ela faz pontos apertados antes dele sair, preocupando-se com a duração de tempo em que ele vai ficar ausente e, portanto, preservando sua veste até voltar. Como pode minúsculas lâminas de grama reembolsar o sol, por mais que eles apreciem o seu calor? A expressão descreve como as crianças recebem muito de seus pais que jamais esperam que eles os paguem com dinheiro.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

150 ANOS DO NASCIMENTO DO MARECHAL RONDON

 Os pilares da vida e obra do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon são destacados na série de seis selos que os Correios colocam em circulação hoje para celebrar os 150 anos do seu nascimento. A primeira peça faz referências a sua fase de sertanejo, mostrando a casa onde foi criado. O segundo selo, à direita, destaca a Escola Militar da Praia Vermelha e um folheto da Igreja Positivista, instituições fundamentais na formação do homenageado. Os três selos seguintes complementam a cronologia de sua obra, demonstrando a sua importância para as comunicações, cujo trabalho foi marcado pela proteção aos índios e pelo desbravamento do interior do Brasil. No último selo, a fase militar, onde se vê o carro utilizado durante a inspeção de fronteiras, a insígnia de Marechal, e Rondon com seu uniforme de gala. Acompanha a série o respectivo envelope de primeiro dia de circulação com solenidades de lançamento em Brasília/DF; Cuiabá/MT; Marechal Cândido Rondon/PR;Porto Velho/RO; Rio de Janeiro/RJ; Santo Antônio de Leverger/MT e São Paulo/SP.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

175 ANOS DO PENNY BLACK

No próximo dia 30 de abril o Serviço Postal da Malásia coloca em circulação uma folha em miniatura para celebrar os 175 anos da emissão do Penny Black e do Penny Azul, os primeiros selos postais do mundo, que foram emitidos no dia 06 de maio de 1840. Além da representação dos selos, a peça também inclui uma imagem de Sir Rowland Hill, nascido em Kidderminster, Inglaterra e que foi o responsável pela reforma no serviço postal inglês culminando com os selos em evidência.

quinta-feira, 26 de março de 2015

A PEDRA DE ROSETA E OS DESAFIOS DE CHAMPOLLION

Descobrir o novo tem sido o maior dos desafios para a humanidade e durante o século vinte tivemos uma aceleração no tangente às descobertas que culminaram, em nossos dias, com toda essa fantástica tecnologia que encurtou distâncias, aproximou pessoas, esmiuçou segredos da medicina e que nos tem levado a descobrir, em galáxias vizinhas, novos planetas, muitos destes com a possibilidade de manter seres vivos. Não poderíamos estar a sós na imensidão do universo e para se chegar a algumas conclusões a esse respeito, a ciência tem buscado no passado algumas respostas para o futuro. Se a gente voltar para o interior das cavernas, onde nossos ancestrais moravam, vamos encontrar muitas expressões de suas atividades em desenhos rupestres que deram início à escrita e a comunicação. Aprofundar neste complexo segmento da nossa história foi e continua a ser um grande desafio, que ao longo de séculos tem provocado os maiores e mais dedicados estudiosos e renomados cientistas.
Cada nova descoberta então já feita, contribuiu de forma decisiva para nossa evolução em todos os sentidos. Muito do que já foi descoberto nos dá a certeza de que num passado distante por aqui estiveram seres de outros planetas que de alguma maneira deixaram sinais para que no futuro o homem pudesse encarar o desafio de desvendar isso tudo. Apesar dos avanços, ainda estamos rodeados de perguntas sem respostas, a começar por nossa própria origem, que insiste em questionar quem na verdade somos, de onde viemos e para onde iremos quando o caos tomar conta do planeta. Inscrições milenares nos contam um pouco do que foi e do que fez o homem do passado e a cada nova descoberta, sejam inscrições, tesouros ou sarcófagos no Egito, voltamos a buscar referências mais precisas para tentar desvendar uma série de mistérios. 
Viver o antigo ou se ter uma certa paixão por ele nos leva a crer que de fato vivemos em outras épocas e não é a toa que os antigos egípcios já tivessem essa crença e, para tanto, adotavam o ritual de mumificação. Como se observa, a questão dos desenhos nas cavernas, do surgimento da escrita, de intrigantes objetos descobertos assim como cidades de antigas e extintas civilizações podem nos abrir interessantes leques no que diz respeito à filatelia e seus registros em tudo o que diz respeito à história antiga do homem. Dentro desse contexto se encontra a interessante Pedra de Roseta(descoberta em 1799) , um pedaço de basalto negro gravado em três línguas, em 196 a.C, e depois amaldiçoado pelos sacerdotes egípcios. Sabe-se que a famosa pedra foi gravada e erigida na cidade de Rashid, atualmente conhecida como Rosetta e, ao redor dela reside uma história de acidentes, de desafios para decifrar as escritas e, ainda hoje, de algumas intrigas entre os governos da Inglaterra e do Egito por sua posse. A Pedra de Roseta se encontra no Museu Britânico desde 1801 e é uma das peças mais visitadas, tendo a mesma 114,4 cm de altura em seu ponto mais alto, 72,3 cm de largura e 27,9 cm de espessura. 
A pedra pesa aproximadamente 760 quilos e trás três inscrições, sendo a do topo em hieróglifos egípcios, a segunda na escrita demótica egípcia e a terceira em grego antigo. 
                                          DECIFRANDO AS INSCRIÇÕES 
 Coube primeiramente ao doutor Thomas Young (1773-1829) a incumbência de decifrar as inscrições da Pedra de Roseta. Professor de filosofia natural, médico e egiptólogo, Young falava 14 línguas e dominava a física, os clássicos, a história e ficou marcado na história por seus trabalhos em óptica, onde ele explica o fenômeno da interferência em mecânica pela definição do módulo de Young. Em seu tempo, era chamado de “o homem que tudo sabe”. Mas a Pedra de Roseta iria exigir muito mais conhecimentos e mais tarde, o francês Jean-François Champollion (1790-1832) foi quem finalmente decifrou a escrita da Pedra de Roseta e passou a ser considerado o pai da egiptologia. 
Mas para chegar a tal conquista, Champollion teve que viver uma incrível aventura de vida. Nascido no departamento de Lot, na França, ainda criança mostrou um extraordinário talento linguístico. Aos 16 anos dominava uma dúzia de línguas, e com vinte anos dominava o latim, grego,hebreu,amárico, sânscrito, avestan, pahlavi,árabe,siriaco,caldeu,persa e chinês, sem contar o francês. Estudou com Antoine-Isaac Silvestre de Sacy e em 1809 já se tornava professor de história em Grenoble. Mas Champollion só chegaria até onde chegou por mistérios que estão além da vida terrena. Conta-se que antes do seu nascimento, sua genitora, acometida de paralisia e desenganada pelos médicos de então, foi à procura de um curandeiro, o qual lhe disse que, além de se recuperar, ainda daria luz a um menino cuja fama, no futuro, atravessaria fronteiras.
Ele nasceu no 23 de dezembro de 1790 e de imediato chamou a atenção pela pele escura, a córnea dos olhos amarela e a face com feição predominantemente oriental, acontecimento excepcional, porquanto nascera no sudoeste da França, em uma região notadamente de origem ariana. Diante disso, a partir dos dez anos de idade, era chamado de “O Egípcio”, não somente pelo aspecto físico, semelhante a um oriental, como igualmente por devotar profunda identidade com as coisas do Antigo Egito, até mesmo estudando línguas mortas, em uma época dedicada as armas. Naquele tempo, o famoso físico e matemático Fourrier, participando de uma expedição científica ao Egito, organizada e chefiada por Napoleão Bonaparte, trouxe importante coleção constituída de fragmentos de papiros e inscrições hieróglifas em pedras. Convidado a expor seus conhecimentos na escola onde estudava Champollion, o sábio francês foi questionado persistentemente pelo menino, a ponto de Fourrier convidá-lo para conhecer seu importante material. Foi à casa do cientista e, emocionado, observou as vetustas inscrições. De imediato perguntou: “Pode-se ler isso?” Devido a negativa do sábio, o garoto afirmou: “Eu os lerei! Dentro de alguns anos eu os lerei!Quando for grande!” A partir daquele momento dava início a uma determinação sem precedentes em Champollion que agora, podia ter ao menos a convicção de que um dia já vivera nas terras do Nilo. 
Seguiram-se anos de muitos estudos e pesquisas e ficou tão inteirado sobre o Egito que seria capaz de conhecer a região bem melhor do que os que lá viviam então. Aos 38 anos surge a oportunidade de pisar naquele solo tão conhecido e ver com os próprios olhos o que já pudera observar numa existência passada. Seu aspecto era de um nativo do país, vestindo-se a caráter, com a aparência natural de um árabe, dominando por completo a língua atual e os hieróglifos. Ao analisar a Pedra de Roseta, ele foi o primeiro a definir com exatidão que seu texto intermediário estava grafado em demótico e foi preciso esmiuçar durante aquela expedição outros pontos do Egito, monumentos e inscrições variadas até que pudesse realmente chegar a uma conclusão plausível que o levaria mais tarde a decifrar a escrita da famosa pedra.
Champollion em pintura do artista
Giuseppe Angelelli, em 1828/29
Por seus esforços, seus estudos e pesquisas e pelo profundo conhecimento do Egito, Champollion, falecido em 4 de março de 1832, passou a ser considerado o Pai da egiptologia, aquele que veio ao mundo com a sublime e dificílima missão de ressuscitar o pensamento da estranha e mística civilização egipícia, permitindo-nos perceber, no presente, o eco das vozes dos antigos habitantes do Nilo, gravadas nos hieróglifos.

terça-feira, 17 de março de 2015

O PRIMEIRO SERÁ PARA SEMPRE LEMBRADO

Segundo as escrituras sagradas o primeiro homem a pisar na terra foi Adão. Depois dele muitos outros  tiveram fantásticas experiências, como a descoberta do fogo, a invenção das primeiras armas e por ai afora. As inscrições que se eternizam nas cavernas são a prova maior das andanças dos nossos ancestrais na escrita da história e dos desafios que decidiram encarar, fosse por curiosidade ou por necessidade. 


Evidente que no tempo do homem das cavernas sequer havia uma linguagem padrão. Talvez um grunhido ou dialeto confuso, mas é certo que de alguma maneira eles se entendiam. Imagino que o primeiro grande desafio daqueles nossos ancestrais tenha sido a caça, utilizando algum tipo de arma rudimentar. De qualquer maneira, nas cavernas então descobertas pela civilização moderna, as inscrições e desenhos bem demonstram o que eles faziam e encaravam. Dali em diante, desafiar o desconhecido e enfrentar imprevistos passou a ser a grande saga de alguns homens que escreveram com heroísmo seus nomes no grande livro da história humana. 
Tais desafios são tantos que seria difícil relacionar aqui essas diferentes e arriscadas atitudes que muito contribuíram para com a nossa evolução e também ao progresso e desenvolvimento de toda a humanidade. Em 2008 quando ainda escrevia o Jornal do Colecionador nas páginas de O Estado do Paraná, fiz um pequeno ensaio sobre este tema que acho fascinante e filatelicamente, tão desafiador quanto os caminhos trilhados por homens como Roald Amundsen, o primeiro a chegar ao polo sul ou então, Robert Peary, o primeiro a alcançar o polo norte. 
Que dizer então da façanha de Edmund Percival Hillary que na companhia do sherpa Tenzing Norgay alcançou o ponto mais alto do planeta, o Monte Everest? Assim como eles, que foram os primeiros a realizar tais façanhas, iremos para sempre lembrar do primeiro homem que foi ao espaço, o russo Yuri Gagarin e do primeiro homem a pisar o solo lunar, o astronauta americano Neil Armstrong. Seguindo a trajetória de grandes desafios, vamos alçar o primeiro vôo em balão tripulado, que coube a Jean François Pilatre de Rozier e mais tarde, o desafio de alçar vôo com algo muito mais pesado do que o ar. E aqui entra o brasileiro Alberto Santos Dumont com o seu 14-Bis. Alguns desses feitos são mais lembrados do que outros, até porque tudo depende da magnitude dessas conquistas e de como elas remexeram nas intermináveis linhas da nossa história. Existem outros grandes feitos cuja importância apenas marcou a época em que foram realizadas, como por exemplo, o primeiro atleta a vencer a maratona nos Jogos Olímpicos da Era Moderna, feito que coube ao grego Spirídon Louis. Em se tratando de esportes, quem ai lembra ou sabe quem foi que marcou o primeiro gol no Estádio do Maracanã? – Foi o botafoguense Didi, grande estrela também da seleção brasileira. 
Temos ainda as figuras de Sacadura Cabral e Gago Coutinho, que foram os primeiros a fazer a travessia do Atlântico a bordo de um hidroavião e dessa maneira, a gente vai descobrindo outros nomes, como James Cook, Cristóvão Colombo, Pedro Álvares Cabral entre outros. Quando fiz meu ensaio, pensei na possibilidade de se formar uma coleção de selos diferente, utilizando vários temas dentro um contexto específico que denota ser o número um. Claro que é um grande e audacioso desafio, que exige muita pesquisa, já que neste campo, como eu disse, existem muitos personagens que foram os primeiros a desenvolver uma série de objetos, máquinas e projetos que foram, ao longo do tempo ganhando os devidos aperfeiçoamentos. Assim, verificando alguns dos personagens aqui citados, descobri que existem muitas emissões filatélicas que fazem referência a eles. É pena que alguns ainda não tiveram a sorte de ser lembrados pela filatelia, mas é tudo uma questão de tempo e de boa memória.
Diferentemente dos variados temas filatélicos, esta minha sugestão evidentemente que foge talvez à regra, já que ao meu entender, provocará uma miscelânea de temas unidos apenas pelo objetivo dos primeiros conquistadores, inventores, esportistas entre outros. Acredito que filatelistas temáticos avançados sejam as pessoas credenciadas para uma análise da minha sugestão para que assim, se possa saber da real possibilidade de se formar uma coleção como a sugerida e se evidentemente aceita, quais a regras para que seja formada seguindo os parâmetros do gênero na hipótese de a mesma participar de uma exposição competitiva. É notório que a maioria dos selos que tratam desses personagens citados são peças emitidas há vários anos e por certo, muitas delas são raras ou difíceis de serem adquiridas. Isto me leva a crer que o desafio se torna ainda maior, mas com resultados positivos e surpreendentes. 
Como são muitos os “primeiros” em diferentes áreas de atuação humana, creio que o melhor caminho seja a escolha de feitos realmente marcantes e dentro de uma minuciosa ordem cronológica. Fica aqui este pequeno registro na forma de uma sugestão desafiadora que também pode levar muitos colecionadores a adentrarem em temáticas pouco exploradas e que assim, poderão no futuro ganhar destaque numa exposição. Os primeiros serão para sempre lembrados, seja por uma grande maioria de pessoas no planeta, seja por minorias em suas terras de origem. Todos os feitos e seus efeitos ajudam a impulsionar a filatelia, até porque essas emissões comemorativas, na maioria dos casos, se transformam em registros vivos das ações de homens e mulheres que, cada um a seu tempo, transformam seus desafios em grandes exemplos para as gerações futuras. 
E por falar em futuro; muito breve teremos o primeiro homem a chegar ao planeta Marte, pelos menos já se ouvem rumores de preparativos para tal empreitada. É só uma questão de tempo porque os desafios da humanidade são infinitos e surpreendentes.

quarta-feira, 4 de março de 2015

450 ANOS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO


Lançados no último dia 1º de março na cidade do Rio de Janeiro, os selos que compõe a quadra comemorativa as 450 anos Anos da Cidade do Rio de Janeiro destacam ícones famosos do Rio, expressando o espírito festivo do carioca com os 450 anos da cidade. A partir da marca das comemorações, que expõe uma cabeça estilizada, é reforçado o potencial do carioca de pensar, de agir e de expressar-se com entusiasmo, criatividade, talento e inteligência frente às motivações históricas e culturais da cidade maravilhosa. No primeiro selo, o chapéu e as notas musicais remetem à boemia e à musicalidade de forte impacto dentro e fora do País. O segundo selo, por meio de serpentinas e confetes coloridos, demonstra a alegria do carnaval, manifestação cultural que consagra o Rio de Janeiro internacionalmente. No terceiro selo, a tríade areia-marmata, representada em ondas, nas cores amarelo, azul e verde, simboliza a brasilidade e o patrimônio turístico, ecológico e cultural do Rio de Janeiro. O último selo apresenta o Calçadão de Copacabana, por onde a vida transita em meio à alegria, à descontração e ao vigor que caracterizam o cotidiano da cidade. Para a criação das peças, a técnica empregada foi computação gráfica. Os selos tem o valor facial de 1º porte para carta comercial, atualmente R$ 1,30.

FIN DEL MUNDO 2015 - ARGENTINA

Entre os dias 23 e 28 deste mês acontece na cidade de Rio Grande, Província da Terra do Fogo, na Argentina, a Exposição Filatélica Internacional FIN DEL MUNDO 2015, que certamente atrairá um expressivo número de expositores e um grande contingente de visitantes. Os organizadores prometem a todos os que forem ao evento muito mais do que as atrações filatélicas, mas passeios inesquecíveis em locais famosos da região como a Missão Salesiana, um Monumento Histórico Nacional. O evento terá lugar no Centro Cultural Yaganes, na cidade de Rio Grande com abertura nas primeiras horas da tarde do dia 23.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

TARTARUGAS DA ILHA DE ASCENSÃO

Descoberta em 1501 pelo navegador galego João da Nova, à serviço de Portugal, a Ilha de Ascensão se constitui num território britânico ultramarino que engloba Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha. Muito isolada, o seu vizinho mais próximo é Santa Helena, cerca de 1.300 quilômetros para sudeste, seguindo-se a costa da Libéria, cerca de 1.700 quilômetros para nordeste. A oeste, a porção de terra mais próxima fica no Brasil, mais precisamente conhecida como Ponta do Funil, no município de Goiana, no estado de Pernambuco. Da Ponta do Funil até a Ilha Ascensão é um pulinho de apenas 2.249 quilômetros. Em função desse distanciamento, Ascensão possui uma das localizações mais estratégicas do mundo, sendo que a base aérea da Força Aérea Real do Reino Unido existente na ilha, serve de base para operações militares dos Estados Unidos e do Reino Unido no Atlântico Sul. 
Além disso, a ilha abriga uma das cinco antenas responsáveis pela operações do Sistema de Posicionamento Global (GPS), além de uma das estações retransmissoras(em ondas curtas) da rádio BBC World Service. A área total da ilha é de 91 km² tendo como cidade principal Georgetown. A ilha recebeu este nome porque fora redescoberta por Afonso de Albuquerque no dia de Ascensão, em 1505. No âmbito da filatelia, Ascensão volta e meia brinda os filatelistas com interessantes emissões postais como a recente série de selos que retratam a tartaruga verde, espécie muito comum da ilha e que, ao longo do tempo, esteve por diversas vezes ameaçada de extinção em função de que os navios de passagem por ali, capturavam os animais e os transportavam vivos para ter carne fresca durante a viagem.
A Ilha de Ascensão tem a segunda maior população de nidificação da tartaruga verde em toda a extensão do Oceano Atlântico e a maior nidificação de quaisquer espécies de tartarugas marinhas em todos os territórios ultramarinos do Reino Unido, com mais de 25 mil ninhos atualmente, o que significa uma forte recuperação na população dessas tartarugas.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL - PORTUGAL

Um planeta cada vez mais quente e poluído! - Todos nós vivemos esta dura realidade e é tempo de repensar a vida em todos os sentidos. A cada novo dia, muitas cidades em todo o mundo se transformam para dar lugar a uma nova mobilidade humana. Dar novas respostas às necessidades da sociedade em deslocar-se livremente é um novo desafio que exige destreza nas ações para que tais mudanças não afetem outros valores humanos e ecológicos. Os CTT - Correios de Portugal lançaram no dia 27 de janeiro, dois selos se-tenant sobre este tema da mobilidade sustentável, e da redução das emissões de gases com efeito de estufa. As peças tem desenho de João Machado, e foram impressas pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda. É apresentada em folhas de vinte selos (dez séries), e foram editados os habituais sobrescrito de primeiro dia e pagela. O desenho dos selos apresenta várias formas de mobilidade sustentável, com destaque para a construção de ciclovias e consequente aumento da mobilidade ativa, e para a redução dos combustíveis fósseis, que hoje são um dos maiores contribuintes para o chamado efeito estufa.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

ORISUN ASA - A PRESENÇA DO NEGRO NA FILATELIA BRASILEIRA

Inaugurada no dia 29 de janeiro em Vitória/ES, a Exposição Filatélica “Orisun Asa”, desenvolvida pelo Museu Nacional dos Correios, retrata a presença do negro na filatelia brasileira.
 Orisun Asa: Celeiro de Brasilidade leva o público por uma viagem de um século e meio através da nossa filatelia, dividida em “Personalidades”, “Representações, Saberes e Fazeres” e “Consciência e Afirmação”. 
Colocando em primeiro plano a presença do negro nos selos postais, a mostra é fruto do acordo de cooperação técnica entre os Correios e a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República. Nela, as diferentes representações dos negros brasileiros ao longo da história, apontando componentes da herança escravista e instigando a reflexão sobre as influência e aculturações oriundas da cultura africana. 
O evento tem apoio da Prefeitura de Vitória e ficará aberto ao público até o dia 29 de março vindouro. As visitas podem ser feitas de terça a sexta-feira das 9 às 17 horas e aos sábados e domingos das 12 às 16 horas no Museu Capixaba do Negro Verônica da Pas -Mucane – Av. República, 121- Centro.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

DIA DO FREVO

Em tempo de carnaval o samba toma conta das ruas e contagia a todos. 
De norte a sul a festa de Momo promove a alegria dos brasileiros e dos turistas que invadem nossa terra para uma das maiores manifestações culturais do planeta. 
Quem for se aventurar em Recife e Olinda não vai resistir aos apelos do Frevo, ritmo próprio de Pernambuco que faz referência à fervura e que deixa a festa muito mais quente. 
Pela fama do Frevo, a dança foi declarada em 2012 como sendo Patrimônio Imaterial da Humanidade, pela Unesco, por ser uma expressão muito importante da cultura nordestina e brasileira. A data oficial para celebrar o Frevo é 14 de setembro, mas em Pernambuco o dia 9 de fevereiro segue mantendo a tradição de celebração porque a aparição da palavra “Frevo” aconteceu pela primeira vez no dia 9 de fevereiro de 1907, o que faz com que os amantes da dança considerem esta como a data oficial. 
O dia 14 de setembro foi oficializado porque neste dia, em 1882, nascia o jornalista Osvaldo da Silva Almeida, que foi, segundo pesquisas, o criador da palavra Frevo.
Em sendo assim e em se tratando de festa, o Frevo prova sua força mágica e por isto é reverenciado duas vezes ao ano. 
A mais importante, é claro, justamente nestes tempos em que o Carnaval explode de norte a sul. 
Para ilustrar, duas emissões brasileiras de selos que enfatizam este interessante movimento da nossa cultura popular.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

WORLDSKILLS SÃO PAULO 2015


Acontece na próxima terça-feira,dia 03 a primeira emissão filatélica de 2015 do Brasil. Trata-se do selo comemorativo “WorldSkills São Paulo 2015 – Competição Mundial de Educação Profissional. Impressos em folhas de 24 unidades com tiragem de 600 mil selos, o valor facial será de R$ 3,15 e a presente emissão não terá envelope de primeiro dia e nem cartões-postais. Na peça em questão, observa-se à esquerda a logomarca da Worldskills representada, simbolicamente, pela mão do homem, cujos dedos, nas cores amarelo, verde, azul, vermelho e preto, significam a diversidade e o dinamismo em todos os setores, ocupações, especialidade, países e regiões membros de várias parte do mundo. A Bandeira do Brasil, à direita da inscrição São Paulo 2015, referência a nacionalidade do local de realização do evento, primeira cidade da América Latina a receber a Worldskills Competition. A Ponte Estaiada, um dos principais cartões-postais de São Paulo, à direita, simboliza a conexão entre a educação e o mercado de trabalho, passando a ideia de solidez e determinação necessárias para encurtar distâncias e vencer obstáculos em torno dos empreendimentos e ideais de profissionais bem treinados, capazes de grandes conquistas, uma das maiores premissas da Worldskills.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

DIA DO QUADRINHO NACIONAL

Me pego de surpresa diante de uma banca de jornais. Os jornais estampados destacam a violência mundo afora e outras manchetes nos levam a encarar a triste realidade de uma economia que muitos tentam explicar, mas que nós ficamos sempre sem ter, de fato e de direito uma explicação plausível diante do alarmante quadro de aumentos, de baixa produtividade e desemprego que assola muitas famílias. 
Ali mesmo decido não dar vazão aos jornais e me deixo levar pelas capas dos gibis que ainda resistem ao tempo, às crises e aos nossos atuais costumes tecnológicos. As revistas em quadrinhos me atiram pelo túnel do tempo e regresso aos tempos de infância, quando ler gibi não era bem visto pelos professores e não foram poucas as ocasiões em que professores nos tomavam os gibis e sabe-se lá que destino eles tiveram. Só sei que eu li muito gibi e com eles e através deles aprendi muito e principalmente, consegui superar as dificuldades que a maioria tem quando o assunto é redação. Hoje, passadas tantas décadas, tudo o que os professores desejam é que seus alunos leiam gibi, porque um dia finalmente, se descobriu que o gibi é um forte aliado às causas pedagógicas.
Pois bem; acabei pensando nos autênticos quadrinhos nacionais, que até onde pesquisei nunca foram tantos, pelos menos que tenham ganhado fama, como os quadrinhos do Mauricio de Souza e sua Turma da Mônica ou então, o Menino Maluquinho do Ziraldo. Sem esquecer jamais daquele que é considerado o primeiro gibi brasileiro, Jerônimo – O Herói do Sertão, criação de Moysés Weltman. 
Afora isto, a maioria dos gibis que atravessaram essas décadas todas, sempre foram de origem estrangeira, com os mais variados e audaciosos heróis como o Super-Homem, o Batman, o Mandrake, o Fantomas, o Tarzan, o Fantasma e outros tantos mais. Diz-se que o gênero dos quadrinhos é considerado como a 9ª arte e sempre agradou crianças e adultos, ainda que em nossos dias a procura por eles seja muito pequena. Os celulares, tablets e computadores são mais apreciados e passamos a incorporar em nossa língua um dialeto todo próprio de quem passa dia após dias diante dessas maravilhas do século 21. Para nossa sorte, assim como no campo da música e da fotografia, muitos apaixonados seguem mantendo vivos os toca discos de vinil e as câmeras que registram imagens em filmes. Não seria diferente com as revistas em quadrinhos, cujo mercado, apesar da desleal concorrência com o mundo virtual, ainda consegue sobreviver com muitas novidades.
Este dia 30 de janeiro é dedicado a homenagear o Dia do Quadrinho Nacional e em muitas capitais, como acontece todos os anos, muitos eventos reúnem os apaixonados por esta arte que ao longo do tempo nos tem feito imaginar e nos divertir através dos traços e cores de talentosos artistas e argumentadores. Em meio aos gibis, outrora tínhamos também os famosos álbuns de figurinhas, naqueles tempos um tanto educativos e cujas emissões duravam o tempo suficiente para que a gente pudesse completar a coleção. São, ao meu ver, também quadrinhos que inspiraram muita gente a criar motivos fantásticos e a contribuir, ainda que de forma indireta para a época, para com boa parte da educação e conhecimento escolar. 

Tivemos no passado as famosas Estampas do Sabonete Eucalol, todas de cunho educativo; as figurinhas das Balas Chico Fumaça e as figurinhas das Balas Zéquinha, estas com circulação aqui no Paraná e parte de Santa Catarina. Do Chico Fumaça, criação de Alceu Chichorro, muita pouca coisa existe e se tornou uma raridade. 
Do Zéquinha, criação do desenhista Alberto Thiele, tivemos várias emissões da série distribuída por diferentes empresas, culminando em 1979 com um relançamento durante a Campanha do ICM no Paraná. Com tais personagens, tivemos um pouco mais de aprendizado e a criação de jogos como o “Bafo” e o “Tique”, coisas bem típicas da piazada curitibana. Como se observa, são todos instrumentos ligados ao universo das coleções e hoje, muita gente vive fuçando os quatro cantos para conseguir gibis antigos, álbuns de figurinhas do passado e as raras figurinhas das balas citadas e das estampas do Eucalol. 


No âmbito da filatelia, pelos menos a Turma da Mônica e o Menino Maluquinho já pintaram nos selos postais a exemplo dos personagens da Disney que há décadas aparecem em muitos selos emitidos por diferentes países. 
O mundo dos quadrinhos é uma página importante em nosso contexto cultural e na medida em que o tempo avança, é mais do que necessário que a gente não esqueça dessa atividade salutar, divertida e educativa, não sem deixar de citar a importância dos desenhistas e criadores que fizeram e seguem fazendo dessa arte, um trabalho digno do nosso respeito e admiração. Fica aqui, portanto, nossa pequena e justa homenagem a todos os que, ao longo do tempo estiveram envolvidos com os quadrinhos 

e que prosseguem, nesta teimosia que dá gosto e da qual a gente torce para que sigam insistindo na maravilhosa arte de levar os leitores pelas mais inusitadas aventuras através de quadrinhos, que são também pequenas e significativas telas que sempre nos proporcionaram a alegria em meio ao mundo que produz suas crises na tentativa de esfacelar os sonhos alheios.
Sigamos sonhando com aventuras coloridas, afinal de contas, sonhar ainda é de graça e faz um bem danado para a alma.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A ERA HUSKY NA AUSTRÁLIA

No imenso universo da filatelia os cães sempre ocuparam um espaço privilegiado e não raro, a gente topa com magníficas coleções do tema que sempre são uma atração à parte nos grandes eventos filatélicos. 
Anualmente os cães aparecem em vários selos emitidos no mundo e em 2014, no mês de setembro, foi a vez de a gente deparar com o Husky Siberiano, numa fantástica emissão feita pela Austrália para celebrar o que eles denominam de “A Era Husky”, uma vez que estes cães, originários do hemisfério norte, mais precisamente da Sibéria asiática, somente colocaram suas patas no continente australiano e antártico em 1898 na British Antarctic Expedition. 
Pouco mais de uma década depois, Douglas Mawson utilizou Huskyes na Expedição Antártica Australiana. Em 1954 quando a Austrália estabeleceu sua primeira estação Antártica permanente,Huskyes foram introduzidos no território australiano, oriundos da Groenlândia e outros que haviam ficado sob os cuidados do Zoológico de Melsbourne desde 1948 quando uma expedição francesa não obteve sucesso para atingir o polo sul. Ficou acertado então que qualquer cão de raça deixado no zoológico se tornaria propriedade australiana e assim, aqueles exemplares se tornaram os primeiros Huskyes Antárticos Australianos. Em 1991 com o Protocolo sobre Proteção Ambiental para o Tratado da Antártica, se estabeleceu a proibição de todas as espécies introduzidas na região, exceto os seres humanos. Em 1993 os últimos Huskyes restantes deixaram o território Antártico Australiano.
Os cães mais velhos viveram seus últimos dias na Austrália e os mais jovens foram levados para Minnesota, nos Estados Unidos. Os selos desta série, bem como a minifolha, o bloco e os máximos-postais são uma homenagem para eternizar a contribuição do Husky Siberiano sem qual os primeiros passos para explorar a região antártica da Austrália seria uma tarefa muito mais dificil. Pela força da raça, pela resistência, pela inteligência e carisma, a “Era Husky” na Austrália faz jus a estes selos que demarcam mais uma página importante dos cães na vida do homem,