segunda-feira, 28 de março de 2011

SELOS POSTAIS DAS MALDIVAS

Quando se fala a respeito de emissões filatélicas, todo filatelista tem um motivo especial que gostaria de ver impresso num selo ou bloco. Aqui no Brasil os Correios promovem através do seu portal a sugestão do público, que depois é analisada e muitas vezes, alguém tem a sorte grande de ver sua sugestão fragmentada e circulando pelo mundo. É evidente que o nosso Programa de Emissões segue à risca suas normas e assim, todas as emissões do ano são minuciosamente analisadas obedecendo a uma série de requisitos que neste instante não vem ao caso. O motivo dessas linhas serve apenas para abrir portais distantes, de um país pouco conhecido, mas que volta e meia brinda os filatelistas com interessantes emissões. Estou me referindo à República das Maldivas, um pequeno país insular situado no Oceano Índico ao sudoeste do Sri Lanka e da Índia. O país é constituído por 1.196 ilhas, das quais 203 são habitadas e a sua única fronteira real é com o território indiano. Se a gente for bisbilhotar os selos postais por lá emitidos, vamos observar que eles já fizeram e continuam a fazer emissões que aparentemente nada dizem respeito ao país, pois os correios locais volta e meia emitem selos dos personagens Disney, peças exaltando gente famosa do cinema, com a atriz Marilyn Monroe ou da música, como Elvis Presley além de políticos como John Kennedy entre outros. Os selos que mais se aproximam das coisas locais evidentemente fazem referência ao universo das conchas marinhas, peixes, borboletas entre outros animais que compõe a sua área tropical que, diga-se de passagem, propicia a quem tem a sorte de lá estar, magníficos finais de tarde com um pôr do sol inigualável. A grande curiosidade é que a maioria dos selos que eles emitem fazem referência a personalidades ou atividades dos Estados Unidos, como se de repente eles fossem uma pequena possessão. Seria pura admiração ou falta de temas locais? Outra pergunta que não cala, é sobre o peso dessas peças numa coleção, seja ela clássica ou temática já que em exposição, todos nós sabemos que os julgadores são rigorosos. Mas vale a pena observar os selos das Maldivas pelo visual bem interessante e pela lembrança aguçada que eles têm em relação às datas. E lembro ainda que eles emitem poucos selos ao longo do ano e neste 2011, pelo menos até aqui, ainda não fizeram circular nada. Para ilustrar, além dos personagens já citados, trago também uma peça interessante que exalta os personagens dos filmes e do seriado Jornada nas Estrelas, que possui fãs fervorosos em todas as partes do planeta e de quebra, uma foto de um entardecer esplendoroso. Diante a isso tudo, as Maldivas merecem sim a nossa atenção porque, embora tão distante e pouco lembrada, participa ativamente da filatelia mundial.

LENDAS DA MÚSICA LATINA

A música latina sempre teve grande influência na música americana e alguns nomes marcaram sua passagem legando o toque especial da voz e do ritmo quente como, por exemplo, o tejano, o tango e a salsa. Para eternizar através do selo postal esses grandes e inesquecíveis talentos, os correios americanos acabam de colocar em circulação uma série de cinco selos que exaltam as figuras de cinco lendas da música latina: Selena, Carlos Gardel, Carmen Miranda, Tito Puente e Célia Cruz. “De hoje em diante, essas imagens coloridas, vibrantes de nossas lendas da música latina vão viajar através das cartas e dos pacotes para todos os cantos da América”, disse Marie Therese Dominguez, vice-presidente de Relações Governamentais do Serviço Postal dos Estados Unidos. Na cerimônia de lançamento das peças, ela ainda afirmou que “desta forma pequena, nós criamos uma homenagem a cinco artistas extraordinários, e estamos orgulhosos honrados em partilhar o seu legado com os americanos em qualquer lugar, através desses bonitos selos postais”. A presente série é interessante para quem se dedica à filatelia temática e pode abrir sugestivos caminhos para que os jovens de hoje possam conhecer um pouco sobre a história de vida e da carreira de sucesso de cada um dos homenageados.

terça-feira, 22 de março de 2011

ITÁLIA HOMENAGEIA A MULHER

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, os correios italianos fizeram circular um selo postal que apresenta três rostos femininos alinhados e que representam as características de brancos, asiáticos e mulheres africanas.
Embora emitido no dia 8 passado, é sempre interessante fazer um registro já que a mulher está também ocupando cada vez mais uma invejável posição na filatelia graças à sua capacidade nas ações diárias da vida comum em todas as partes. Foi lançado também um carimbo de primeiro dia.

PEIXES DE TAIWAN

Os peixes de água doce nativos dos rios, lagos e estuários de Taiwan constituem o grupo mais diversificado de vertebrados em ecossistemas terrestre da ilha.
Os correios de Taiwan decidiram emitir uma nova série composta por quatro selos para destacar algumas de suas espécies mais apreciadas e, ao mesmo tempo, para enfatizar a importância de sua preservação e da pesca consciente. Evidentemente que os peixes que ilustram esta emissão possuem por lá os seus nomes populares e fica difícil a gente decifrar por questões da língua e assim, as espécies foram demarcadas no folder com seus respectivos nomes científicos. Deixando estas questões de lado, o importante é que a temática ganha novas e importantes peças que certamente vão satisfazer os exigentes colecionadores
.

FESTIVAL DAS FLORES NA AUSTRÁLIA

No fantástico universo dos selos postais, entre tantos temas interessantes, as flores sempre ocuparam uma posição de destaque e tanto é verdade que até catálogos específicos sobre o tema são editados para auxiliar os filatelistas de todas as partes. Agora, no início do mês, o serviço de correios da Austrália brindou os colecionadores com a emissão de uma bonita série de cinco selos exaltando espécies florais do país no que eles chamam de Festival das Flores e cuja idéia é deixar as cidades, os parques e os jardins multicoloridos. O evento é magnífico e chama a atenção de todo o país e inclusive do exterior, já que as flores lá cultivadas representam um peso importante para a economia e a cultura do país. Os selos destacam a gérbera, o jacarandá, a violeta australiana, o eterno e a tulipa. Acompanham a emissão, envelopes de primeiro dia de circulação e respectivos carimbos de primeiro dia.

quarta-feira, 16 de março de 2011

VIDA NA LAGOA - NOVA SÉRIE POSTAL DE SINGAPURA

Espalhados por todas as partes, os lagos e lagoas preservam em seu interior interessantes formas de vida e foi pensando em exaltá-las que os correios de Singapura emitiram esta série definitiva de selos intitulada “vida na lagoa” e que nos mostra entre outros, uma tilápia, a aranha aquática e o escorpião da água. A lagoa, seja natural ou provocada pela ação do homem, com o passar do tempo vai ganhando novos moradores que vão desde pequenos animais até interessantes plantas aquáticas, geralmente trazidas por sementes que os pássaros costumam perder. Do mesmo modo, variações de peixes surgem em algumas lagoas também pela ação de aves que trazem coladas em suas plumagens ovos que foram sem querer apanhados em seus banhos. É um processo magnífico de transporte e preservação de espécies e assim, mesmo que com suas águas geralmente paradas, as lagoas possuem o poder mágico de uma alegria que se movimenta na profundidade de suas águas. Os selos foram lançados no dia 16 de fevereiro de 2011.

OS GIRASSÓIS DO CANADÁ

Os correios do Canadá colocaram em
circulação dois novos selos exaltando
o girassol, a flor do sol como era mais conhecida na antiguidade.
Existem controvérsias em relação à origem dessa planta que atualmente tem participação significativa na economia de alguns países graças à extração do seu nutritivo óleo.
O próprio correio canadense acabou cometendo o erro de imprimir em seu folder que o girassol era uma cultura comum entre os aborígines da América do Norte e que teria sido cultivado muito antes do milho.
A verdade é que o girassol de fato fora cultivado por índios, mas da América do Sul. Somente depois que os descobridores aqui estiveram é que a planta foi levada para a Europa e tornou-se praticamente um símbolo da Rússia, que em razão do seu cultivo rendeu ao mundo até um longa metragem intitulado “Os Girassóis da Rússia”.
Entre os índios, o girassol era cultivado de maneira que as sementes moídas produziam uma farinha de onde eram feitos bolos, mingaus e até uma espécie de pão. Isso tudo sem contar que o óleo já era utilizado para cozimentos.
Questões de origem à parte, o Canadá ao menos foi quem estabeleceu o primeiro programa oficial para o cultivo do girassol em 1930 e assim, através do conhecimento do cultivo da planta pelos menonitas, cujas famílias tinham originado na Rússia, a produção do óleo aumentou consideravelmente dando origem a uma fábrica de processamento para tal finalidade.
A planta, que costuma acompanhar o sol do nascente ao poente através de um fenômeno chamado de heliotropismo, tem em torno de si uma série de mitos e curiosidades que lhe dão significados como da fama, sucesso, sorte e felicidade. Na Hungria, por exemplo, acredita-se que a semente do girassol cura infertilidade e que se colocadas sementes na beira da janela, em uma casa onde exista uma mulher grávida, o filho será homem. Em algumas regiões da Espanha é costume se carregar no bolso ou bolsa onze sementes de girassol para atrair a sorte.
Os selos do Canadá apresentam duas variações da planta que pode ser também um símbolo do Novo Milênio.

sexta-feira, 4 de março de 2011

ESTRANHOS NAS ILHAS GEÓRGIA DO SUL

Por demais interessante esta emissão das Ilhas Geórgia do Sul, porque nos remete a uma gama de curiosidades a respeito de uma variedade de animais que jamais se poderia pensar, um dia habitariam aquele lugar.
Durante a operação de caça às baleias entre 1904 e 1965, muitos animais foram levados para a ilha com a função de fornecer alimento fresco. Estes eram renas, bois, porcos, carneiros, cabras, coelhos, galinhas, pombos e até gansos.
Outros entraram na ilha acidentalmente, como os ratos e ratazanas. Alguns cavalos foram usados para o transporte e houve até uma frustrada tentativa de se criar raposas para depois usufruir da pele. Os pombos eram treinados para levar mensagens da ilha às embarcações que caçavam as baleias.
Nas peças que foram recentemente emitidas, vamos encontrar um macaco africano que se supõe, tenha sido comprado de um navio vindo da Cidade do Cabo e que se tornou o bicho de estimação do médico da estação baleeira de Husvik, em 1914.
Anne-Marie Sorlle, filha do gerente da estação Stromness, tinha uma ninhada de cachorros. Ela só foi autorizada a ficar com os animais porque não havia outras crianças na ilha para ela brincar.
A necessidade de se ter um animal de estimação não era só da pequena Marie. Dois caçadores conseguiram o fato inédito de ter como animal de estimação uma raposa, que era levada numa coleira. Outra curiosidade diz respeito a um pinguin que foi parar no centro de reabilitação dessas aves que apareciam contaminadas com óleo. Batizado de Stugie, a ave passou a ser parceira de Nan Brown, depois de várias tentativas de fazê-lo retornar ao seu habitat natural. Como Stugie tinha uma asa comprometida, preferiu ficar por ali já que Nan apanhava peixes todos os dias para alimentá-lo.

O mais famoso gato da Antártida foi Chippy, animal de estimação de McNish Chippy, carpinteiro na expedição de Shackleton Endurance.
Esses gatos semi-selvagens eram comuns nas estações de caça à baleia e a maioria era dependente da habitação humana, principalmente no inverno. Eram úteis também para ajudar a manter baixo o índice de ratos que infestavam as moradias. Após o abandono das estações na década de 60, todos os gatos da região morreram. Alguns conseguiram sobreviver no assentamento Rei Edward até 1980. Finalmente temos um filhote de pastor alemão que foi oferecido a Sir Ernest Shakleton, quando este estava a bordo do Quest à caminho da Geórgia do Sul em 1922 e chegou a Plymouth onde lhe foi dado o filhote. Durante a expedição, infelizmente o cão se perdeu no mar. Outros cães, incluindo os de trenó estiveram nas ilhas durante várias expedições e se tornaram comuns perante a visão dos que ali se aventuravam. A maioria desses cães estava sob o controle de seus donos, mas alguns foram criados selvagens. Atualmente não existem cães nas ilhas, já que informações nos dizem que o último cão que lá viveu, morreu em 1974. A presente série entrou em circulação no dia 15 de fevereiro e os selos apresentam diferentes valores faciais.

quinta-feira, 3 de março de 2011

EU ACHO QUE VÍ UM GATINHO!

Apesar de tão distante de nós, a Ilhas Faroé também são habitadas por muitos gatos, que são os animais preferidos para conviver com as famílias de lá. Ninguém sabe dizer quando os bichanos chegaram à Ilha e nem existe um levantamento da população felina da ilha. O que se sabe é que no período de 1778 e 1779 os gatos proliferaram de tal maneira que viraram uma verdadeira praga. Conta-se que foi preciso dizimar a maior parte da população de gatos para equilibrar as coisas.
A presente emissão filatélica das Ilhas Faroé é destinada a exaltar a presença do gato também na literatura local, já que um verso antigo diz que “o gato está morto e não pode comer nem manteiga e nem pão”, numa alusão a um gato que de tão apaixonado fica esticado na soleira da porta e não quer comer nada. Afora isto, as tradicionais cenas com gatos são comuns por lá também e, não raro, se pode ver um gato no parapeito de uma janela ou então, ao lado de uma senhora que pacientemente lida com suas costuras.
Donos de gatos por inúmeras vezes questionam o universo desses bichinhos de estimação que parecem enxergar muito além do nosso mundo e por isto são, além de ágeis, brincalhões e companheiros, um tanto misteriosos. Os gatos que habitam as Ilhas Faroé são na maioria dotados de pelos longos e sedosos. Os selos foram lançados no último dia 21 de fevereiro.