segunda-feira, 24 de maio de 2010

31 ANOS DE JORNALISMO FILATÉLICO

A jornada tem sido gratificante, porém; quando paro para refletir a respeito da passagem desses 31 anos de atividades voltadas à filatelia, confesso que me assusto um pouco. Não porque o tempo escoou rapidamente e dessa forma, a gente vai envelhecendo, mas porque muito do que foi abordado acabou se perdendo pelo caminho. É evidente que as colunas e as páginas dedicadas à filatelia e outros colecionismos estão ainda impressas nessas publicações que devem estar perdidas em bibliotecas, em acervos de colecionadores e nos arquivos desses editores que ainda mantém suas publicações circulando. Hoje me peguei remexendo antigos papéis e esse reencontro com o passado me levou a pensar sobre tantos temas que de repente podem voltar à ordem do dia porque os selos, principalmente, resguardam sua própria história e mesmo com todos os avanços, sempre é bom tornar a exaltar as possibilidades de uma nova coleção ou tema envolvente. Quando dei os primeiros passos no jornalismo filatélico o fiz por puro acaso, já que detinha comigo vários selos deixados por meu pai dentro de um envelope. Pena que aquelas peças todas somente serviriam como uma lembrança do homem que tinha sim, a noção do filatelista e da filatelia, mas que por motivos que desconheço foi apenas mais um entre tantos ajuntadores de selos. Mas a sua atitude valeu muito, porque num belo dia de 1977 quando eu era redator e repórter do já extinto Jornal dos Bairros de Curitiba, recebi uma carta de um cidadão pedindo um pequeno espaço para divulgar a filatelia. A carta vinha da cidade paranaense de Castro e é claro que nós oferecemos uma coluna onde o Dirceu Teixeira de Lima semanalmente informava os leitores sobre novos lançamentos e curiosidades filatélicas. Pena que isso durou pouco tempo, já que por decisão dos proprietários do jornal, o mesmo deixava de circular. Pois bem; a idéia do Dirceu aliada a minha vontade de saber mais sobre filatelia me levou a escrever também e comecei a procurar outros jornais onde pudesse levar essas informações. Passei pelo jornal Curitiba Shopping, pela Revista Panorama, por diversas publicações de curta duração e até de informativos internos de algumas empresas que me davam um cantinho para escrever sobre selos postais. Consegui finalmente uma coluna maior no Jornal do Estado, que segue circulando ainda hoje. Só que um dia acabei recebendo a proposta para escrever o Jornal do Colecionador nas páginas de O Estado do Paraná, espaço este que muito antes já havia sido assinado por outros e que estava por lá esquecido. Era um novo desafio, já que O Estado do Paraná tinha mais tradição e um público leitor dominical muito grande, principalmente no interior paranaense. Os resultados foram imediatos, com dezenas de cartas toda semana oriundas de cidades que eu nem sabia existirem. A surpresa maior logo na primeira edição do Jornal do Colecionador sob minha responsabilidade foi deparar com um espaço de meia página, coisa que ninguém poderia imaginar por aqui. Alguns meses depois, saia a primeira edição com as ilustrações em cores, uma revolução ainda maior e assim, durante 16 anos o Jornal do Colecionador me exigiu esforços de toda ordem, já que toda semana, na quarta-feira, os artigos tinham que estar nas mãos do editor. Muitas vezes, de ônibus, outras de bicicleta e outras a pé mesmo, lá ia eu com o artigo e com a certeza da missão cumprida. O reconhecimento viria pouco mais tarde através das medalhas de bronze, prata e prata grande auferidas em algumas exposições que participei. Já lá se vão três anos sem o Jornal do Colecionador impresso, afinal de contas, os jornais também sentem os efeitos da crise e acabam diminuindo suas páginas de maneira que muitas pessoas envolvidas com a cultura acabaram ficando de fora. Não seria diferente comigo, mas sempre serei muito grato ao jornal O Estado do Paraná por ter aberto por tanto tempo suas páginas para que eu pudesse enfatizar a arte de colecionar selos. Como é que eu iria deixar de escrever sobre selos? De jeito maneira e foi assim que parti para o blog achando na época que os resultados seriam péssimos. Enganei-me redondamente, porque com o blog passei a atingir pessoas de todo o Brasil e muitas do exterior. O blog já até rendeu uma medalha de prata na Lubrapex e é claro que irei em breve para outras exposições. Mas o prêmio maior é a receptividade das pessoas, já que a média diária de visitas fica em torno das 23. O que me surpreende hoje em dia é que não consigo, e nem sei explicar as razões, manter a mesma linha de quando escrevia para o jornal. Recordo que era um ritual sagrado escolher os assuntos e buscar os artigos e ilustrações. Hoje, talvez pelas atividades profissionais, acabo não podendo estar atualizando o espaço como eu gostaria, mas na medida do possível vou trazendo sempre alguma nova informação. Creio que a gente relaxa quando não se tem um compromisso tão sério como acontece com um jornal de grande circulação. Mas estou aqui pensando seriamente em reformular meus dias de maneira que possa até resgatar alguns antigos artigos que se mantém atualizados. São 31 anos de jornalismo filatélico e de muita satisfação pessoal pelo reconhecimento do trabalho, pelo incentivo de muitas pessoas, pelo apoio de comerciantes filatélicos como o Lindolfo Pires, da Pires Filatelia e do professor Cael, da Filatélica Olho de Boi que ao longo de toda essa jornada sempre estiveram do meu lado dando aquela força. Eu quero agradecer uma vez mais ao grande amigo Dirceu Teixeira de Lima, lá de Castro, por ter um dia cruzado o meu caminho e assim, permitido que eu me aventurasse também nessa salutar arte da filatelia. O grande Dirceu segue editando o seu Boletim Globofil e escrevendo suas colunas em jornais da sua região, sempre eufórico e muito solicitado, inclusive nas escolas, para falar sobre selos postais e filatelia. Agora, eu quero pensar um pouco em todos aqueles que também tiveram importância ao longo desse tempo, seja por uma sugestão, por uma carta, por uma homenagem, por um abraço e um sorriso sinceros e que infelizmente já nos deixaram. Não vou listar seus nomes para não cometer o erro de esquecer alguém, mas cada uma dessas pessoas por certo que deixou sua marca neste magnífico universo da filatelia e cabe a nós, que ainda estamos no dia a dia enfatizando esta salutar arte, seguir batalhando para que o selo postal resista aos modernismos e que possa continuar a vislumbrar nossos olhares quando, em exposições, deparamos com coleções ricas em detalhes, poderosas em conteúdo e, acima de tudo, espelhos fantásticos que refletem todos os esforços daqueles que são autênticos e dedicados colecionadores de selos postais.

domingo, 23 de maio de 2010

AUSTRÁLIA ESCOLHE O MELHOR SELO DE 2009

Desde 1999 a Austrália vem incentivando os filatelistas a realizarem a escolha dos melhores selos emitidos a cada ano e agora, depois de uma grande votação, os colecionadores australianos decidiram revelar seu amor pela natureza e escolheram uma bonita série que exalta algumas espécies de aves que habitam o país e que são muito conhecidas pelos belos e inimitáveis cantos. A participação dos filatelistas nesta escolha foi de fundamental importância, já que a partir desse programa de votação, os correios do país podem também fazer análises interessantes para a confecção de futuros programas de emissões filatélicas. É sempre bom lembrar que a Austrália, ao logo das ultimas décadas tem brindado a classe filatélica com ricas e vistosas emissões, que também estão permitindo muitos avanços quando o assunto é filatelia temática.

FAUNA MARINHA NOS SELOS DO CANADÁ

O Canadá e a Suécia possuem duas criaturas marítimas intrigantes e em comum: a lontra e o boto. Diante disso e visando exaltar também a necessidade da preservação dessas espécies, os correios canadenses decidiram fazer circular dois selos projetados pelo designer sueco Morck Martin, que desde 1978 tem produzido muitas obras de arte para inúmeras administrações postais. “Minha idéia era juntar os dois animais sem mostrar seu ambiente natural específico e assim, tentei captura-los em algum lugar, tanto na frente e atrás da água, como submersos ou na superfície, já que a água é o seu elemento comum.” As imagens foram gravadas pelo sueco Lars Sjooblom,mestre entalhador e com base em fotografias dos animais. O resultado ficou magnífico e a lontra e o boto são mostrados em um cenário de ondas e bolhas, atingindo o objetivo do artista cujo desejo era criar um fundo diferente e, ao mesmo tempo, proporcionar um efeito de movimento quando cada selo é colocado, um ao lado do outro. Para Danielle Trottier, gerente de design e produção de carimbos no Canadá Post, “é sempre muito divertido trabalhar com outras administrações postais e utilizando um pouco de suas modernas tecnologias”, observando ainda que a Suécia é líder mundial em gravura de selos postais. Ela assinala também que nesta emissão foram introduzidas perfurações elípticas, tudo para modernizar o selo postal e vir de encontro aos anseios de todos os filatelistas.

170 ANOS DE AUGUSTE RODIN


As primeiras esculturas de Rodin foram feitas na cozinha de sua mãe, com massa que ela usava para fazer pão. O talento do menino “arteiro” dava seus primeiros sinais e logo aos 14 anos, aquele que viria a ser um dos escultores mais geniais da história já tinha aulas numa pequena academia. Sua obra e sua vida ocupam extensas páginas e curiosidades, como a sua primeira grande obra, L’Age d’Airain, tão realista na aparência que ele foi acusado de ter usado um molde extraído diretamente de um modelo vivo. Auguste Rodin nasceu em Paris, em 12 de novembro de 1840 e faleceu em 17 de novembro de 1917 em Meudon. Revolucionou a escultura enfatizando a expressividade da forma e nos deixando, entre tantas obras famosas, O Pensador e O Beijo, esta inserida no selo postal emitido por Mônaco para exaltar os seus 170 anos de nascimento. Muitos outros selos foram emitidos anteriormente pela França, Holanda, Inglaterra e outros países que decidiram homenagear o gênio da escultura e assim, ao longo do tempo permitiram à filatelia abrir um interessante caminho temático e dessa maneira,fizeram com que alguns filatelistas aceitassem o desafio e viessem a formar interessantes coleções sobre o artista.
Fica aqui a sugestão para quem está pensando em um novo tema.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

ENCONTRO DE COLECIONADORES EM LORENA

As atividades da Associação Cultural FILACAP e do Clube Filatélico e Numismático de Lorena estão à todo vapor e graças ao empenho dos seus integrantes, a realização de eventos voltados ao colecionismo tem sido ponto marcante. Todo esse trabalho vai permitir a realização do 6º Encontro Filacap de Colecioandores, que acontecerá nos dias 05 e 06 de junho próximo na Casa da Cultura de Lorena – Rua Viscondessa de Castro Lima nº 10 naquela cidade paulista. O evento tem o apoio dos Correios, da Secretaria de Cultura de Lorena, da Prefeitura Municipal , da Febraf, da Fefiesp, da Abrajof e da Associação Brasileira de Comerciantes Filatélicos. Como se observa trata-se de um grandioso evento onde a sua participação é de suma importância, lembrando a todos que o número de mesas é limitado e terá no local, um espaço especial para a realização de troca de materiais colecionáveis, tais como selos, cédulas, moedas, cartões postais e telefônicos entre outros. Durante o evento acontecerão exposições, palestras e outras atividades inerentes ao universo das coleções. Informações adicionais com Mauricio, pelos telefones (12) 3101-1558 e 9151-3659 ou ainda, pelo e-mail: ac.filacap@yahoo.com.br

quarta-feira, 12 de maio de 2010

BORBOLETA MONARCA EM NOVA EMISSÃO AMERICANA

O segredo da transformação nos oferece como exemplo a borboleta, já que de uma insignificante lagarta terrestre surge para os céus o maravilhoso ser alado e multicolorido. Muitos atribuem até a possibilidade da vida após a morte baseando-se na transformação desses insetos peculiares que enfeitam os jardins e dão mais vida à todas as vidas. Dentre as tantas espécies e suas famílias, a borboletas passaram a ser também um dos temas mais apreciados por filatelistas de todas as partes que, ao longo de suas pesquisas e estudos, acabam se transformando em grandes conhecedores da Entomologia, a ciência que cuida de todos os insetos e onde as borboletas ocupam, evidentemente, um lugar de grande destaque. A borboleta Monarca ( Danaus plexippus) é uma espécie da família dos ninfalídeos, da subfamília dos danaíneos, de ampla distribuição nas Américas e com indícios de que estejam habitando também Portugal, o que é uma curiosidade que merece sim uma pesquisa mais aprofundada. Estes seres alados maravilhosos medem cerca de 70 mm de envergadura, possuem asas alaranjadas com listras prestas e marcas brancas, que oferecem a ela um destaque a mais quando estão em seu habitat natural. A população estadunidense dessas borboletas concentra-se em milhões de indivíduos que realizam migrações regulares, inclusive, estudam-se muito sobre a fantástica migração dessa espécie entre o Canadá e o México. No próximo dia 17 de maio, a Administração Postal dos Estados Unidos fará circular um belo selo ilustrado com esta magnífica espécie conhecida como Borboleta Monarca e cuja peça foi trabalhada em computador pelo artista Tom Engeman, que conseguiu resultados fantásticos que, à primeira vista nos levam a crer que é apenas uma ilusão, no entanto, trata-se de uma réplica exata, digna de uma rainha alada que tem o poder de vislumbrar nossos olhos. Além do selo em destaque, decidi ilustrar também a borboleta em seu habitat natural e a foto de uma lagarta da Monarca que pasmen; mesmo sendo lagarta já demonstra a missão para que veio em meio à natureza.

ESPANHA FAZ CIRCULAR SEU SELO ALUSIVO À SÉRIE EUROPA 2010

Todos os anos a comunidade européia volta-se a um tema em comum para celebrar a já famosa série Europa. Para este ano o tema escolhido foi “Livros Infantis”, que visa divulgar as obras do gênero dando ênfase a novos autores e, ao mesmo tempo, buscar incentivar o hábito da leitura. Estimular a imaginação, ampliar o vocabulário, reconhecer as imagens e associa-las as formas verbais são alguns dos objetivos que atendem os livros infantis na formação dos pequeninos direcionando-os para uma vida repleta de conhecimentos. Diante do tema, é evidente que cada administração postal dos países envolvidos irá se esmerar na produção dos seus selos postais de maneira a divulgar o evento e, ao mesmo tempo, conciliar o hábito da leitura com a também salutar prática filatélica. O selo espanhol foi emitido no último dia 6 de maio e recebeu os trabalhos artísticos das experientes mãos do pintor J. Carrero. Na medida do possível, o Jornal do Colecionador apresentará outras emissões do tema que acontecem na Europa. Fiquem atentos!