segunda-feira, 27 de março de 2017

EM UM TREM SEM RUMO

De repente a gente se pega envolvido neste complexo sistema de correria diária e dai, quando a gente vê; lá se foi um ano e com ele algumas oportunidades de se poder exaltar alguns temas importantes, sejam eles da filatelia ou não. Estive afastado daqui embora sem esquecer que este espaço existe. O que nos impede de seguir fieis à tantas criações é a avalanche de necessidades e compromissos que nos cercam diariamente. Mas podendo "bater um pontinho" a gente bate com toda certeza. Meu cumprimentos a todos os amigos leitores de praxe e aos que porventura vierem parar por aqui para apreciar o humilde trabalho da gente.

Até meados dos anos oitenta, lá no século passado, nossa vida era regida por um ritmo mais lento e até certo ponto, confortável. Algumas inovações davam suas caras, mas nenhuma em caráter tão ameaçador como viria ocorrer duas décadas depois.
Vivemos em alta velocidade, em alta frequência e porque não dizer; em alta voltagem. As pessoas “seguem”, porque viver, se a gente observar bem a fundo, já deixamos de fazê-lo há muito...
Corremos atrás de um coelho invisivel que todos os dias nos leva para um outro mundo, distante da magia real que outrora, mesmo com as dificuldades que tínhamos, nos permitia viver sob váriados encantos. Se hoje temos os games, os celulares, as centenas de opções de canais de tevê entre outras inovações, naqueles idos tempos nos deliciávamos com os gibis, os álbuns de figurinhas, as bolinhas de gude, os cartões-postais e os selos postais que ajudaram muitos a se transformar em experts no assunto e, através deles, abrir tantas e tantas fronteiras, fosse para amizade ou conhecimento pleno.
Estamos próximos da chamada “década de vinte”, só que no século 21. Há quase um século a outra “década de vinte” fora decisiva para a sequência da vida, dos costumes e da própria economia mundial. Nossos bisavós, nossos avós e alguns pais centenários viveram de perto o tempo dos jornais em tipografia, das fotos em chapas, das revistas em preto e branco, dos livros e cadernos em brochura e de uma gama de criações que preencheram o tempo de muita gente imprimindo uma grande dedicação, muita arte e paciência ao extremo. Não havia tanta pressa em viver, em correr sobre as rodas de um carro ou moto possante e nem tampouco voar superando a barreira do som. Hoje já se sonha em pelo menos trafegar lá no espaço em algo próximo da velocidade da luz...
Corpos estranhos no ar! Silenciosos observadores de uma outra galáxia ou simplesmente homens com a capacidade de regressar no tempo? Dizem que o futuro é construído bem lá na frente e que muitas descobertas já estão por lá à nossa espera.
Parece tudo coisa de ficção, mas a realidade é a que nos cerca. Já deixamos de ser autênticos para nos transformar em um bando de narizes empinados. Já deixamos nossa sensibilidade de lado porque chorar é para os fracos. Já não nos importamos com a vida dos outros afinal de contas; Ela é a vida do outros e “eu tenho que cuidar da minha”. Nos tornamos individualistas, egocêntricos, malvados moleques que usurpam suores, roubam amores, enganam ratos e seguem correndo em suas invenções diárias como se o próximo portal fosse a chamada linha morta!

Sim meus amigos; a Linha Morta, aquele lugar onde o trem finalmente estaciona para sempre depois de tanto ter rodado em meio às aventuras do homem. Um amontoado de ferro cujo tempo encarrregar-se-á de enferrujar até que tudo vire pó. Nem a miragem ficará para olhos atentos e das lembranças de alguns, aquilo tudo irá evaporar tal como a água fria que se choca numa chapa quente. Mudanças de estados físicos e mudanças de estados humanos. A mente atinada, ligada neste novo empolgante que nos levará para sabe-se-lá onde. Cerebros sem descanso, cadeias neurológicas quase em curto circuíto e coisas fantásticas nos aprisionando na ilusão do virtual. 
Nosso trem está realmente sem rumo? Parece que não; parece que sim!... Depende de quem somos, onde estamos, o que fazemos, o que pensamos e o que realmente sonhamos e que possa acalentar nosso interior. Nossa viagem é curta por aqui, mas este tempo a nos ofertado pode ser muito produtivo se soubermos aproveitar cada segundo para crescer interiormente, observar e preservar o ambiente, amar, compreender, estender a mão e, acima de tudo, criar momentos de tranquilidade e magia. O trem tem que seguir seu rumo, no ritmo que lhe é próprio de modo que a chegada ao destino seja perfeita, com alegria e satisfação. Embarcar no trem sem rumo é atravessar a vida na ilusão de que nossa passagem nada mais é do que o acumulo de coisas e a inobservância dos reais valores que tatuam nossa experiência por esta existência!

As ilustrações do presente texto foram adicionadas aleatóriamente apenas à titulo de exaltar o selo postal.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

CARTÕES POSTAIS DE MAURICIO CARDIM EM EXPOSIÇÃO ATÉ 30 DE AGOSTO

          Em comemoração ao mês da fotografia, está em  cartaz no Museu Regional de Arte (CUCA) até 30 de agosto próximo os Cartões  Postais de Mauricio Cardim, uma mostra composta  de mais de 150  cartões postais.
Fotografando o nosso País profissionalmente  desde  1980, Maurício Cardim teve centenas de   cartões postais  lançados de quinze  capitais   e   dezenas de  cidades,  através   de  uma editora paulistana.  Com o seu projeto        "Um Olhar  sobre  o  Brasil",  já  lançou  cartões postais  de Sete Lagoas (MG), Três Lagoas (MS), Macajuba (BA)  e  Feira de  Santana (BA). Mais  de  100   exposições   fotográficas  realizadas em  diversos espaços  culturais do   País  e também   em Montreal - Canadá.

 SESC, SESI, SENAI, SENAC, Espaço  Cultural  da  Caixa,  Memorial   do  Imigrante, EMTU, Bibliotecas  Públicas, terminais rodoviários  de várias cidades  abriram  as  portas  para   exibição   da  arte  fotográfica de Maurício Cardim, que   morou  na capital  paulista por 33 anos, em Sete  Lagoas por quase nove   anos  e há  mais  de 1   ano retornou  às suas  origens: Bahia. Toda  a sua  trajetória profissional   é comprovada   através   de  matérias em  jornais  e  revistas, cartazes,   convites, etc.
“Fotografei  um  pouco  de  cada  região deste  País,   mais de   400   cidades e 17 capitais  nesses  35 anos de  trabalhos  fotográficos e  continuo  mostrando o lado mais bonito  dos lugares,  através de meu olhar abençoado e viajante".  Resultado:  milhares de imagens  transformadas em belos  cartões postais e uma mídia aplaudindo essa concepção  cultural e artística.   Essa  mostra  de cartões  postais tem um  diferencial, todas  as   imagens são  de  autoria  do  Fotógrafo e faz  parte  de  sua coleção, pois  além  de  dedicar-se as produções  desses retângulos, Cardim também  é  colecionador.
 
         Seu maior  desejo  é  continuar produzindo    cartões postais de pontos históricos e turísticos das cidades e lugares bonitos  de  nosso País.
 
Portanto, para a continuação  de  seus trabalhos  está  em busca de  patrocínios  e afirma: "colecionar  cartões  postais  é  uma grande viagem".
Cartões Postais  de  Mauricio Cardim - mostra  com mais  de 150  cartões  postais, uma  homenagem ao mês da fotografia na programação Domingo Tem Museu, promovido pelo  Museu Regional de  Arte (CUCA)  e  está  sediada  até 30  de  agosto de 2016.
Rua Conselheiro  Franco, 66  - Centro - Feira de Santana/BA
De segunda  a  sexta feira das   8 horas  as  12  e   das 14  as 17 horas.
Até 30 de  agosto.  
Maurício Cardim se coloca   à  disposição  de todos, para   maiores  informações   e  esclarecimentos.

Fotos   e  informações:
 
 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A FENOMENAL GUERRA NAS ESTRELAS

Em 1977 o mundo ganhava fortes emoções nas telas com o lançamento do filme Guerra nas Estrelas. O sucesso foi tão grande que ganhou duas sequências lançadas em intervalos de três anos. 
Os fãs da trilogia queriam mais e tempos depois uma nova trilogia foi lançada culminando com a exibição do último filme em 2005. 
De lá para cá, nesta imensa década nada de novo em relação à Guerra nas Estrelas fora lançado. 
Agora, para alegria dos fãs e evidentemente para cativar um público novo, os estúdios da Disney preparam o que se denomina de episódio sete e que promete ser também um grande sucesso.

É sempre bom lembrar que Guerra nas Estrelas é a quarta série cinematográfica com maior bilheteria em todos os tempos, ficando atrás apenas dos filmes do Universo Marvel, James Bond e Harry Potter. Guerra nas Estrelas teve um faturamento de 4,41 bilhões de dólares e não bastasse os filmes, surgiram também uma franquia literária, uma série de jogos eletrônicos e desenhos animados.

Preparando-se para o novo lançamento os correios do Reino Unido vão emitir um novo conjunto de 18 selos de primeira classe para celebrar os filmes de Guerra nas Estrelas cujas peças estarão á venda a partir de 20 de outubro com uma cena ou personagem desde os primeiros seis filmes e três do novo lançamento. 
São selos vistosos e que convidam os apaixonados pelos filmes e pelas fortes emoções a olhar o universo da filatelia com outras possibilidades.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

RELEMBRANDO ÂNGELO ZIONI

Comecei a escrever sobre filatelia em 1979 quando ainda trabalhava no extinto Jornal dos Bairros de Curitiba. Naquela época, o jornalista filatélico Dirceu Teixeira de Lima, da cidade paranaense de Castro havia descoberto a existência do jornal e mandou uma carta pedindo um espaço para divulgar lançamentos filatélicos. Prontamente atendido, toda semana publicávamos sua coluna e assim durou por alguns meses até que o jornal encerrou suas atividades. O Dirceu reunia as mais recentes emissões e relatava em poucas palavras sobre cada emissão onde nós aplicávamos as ilustrações dos selos. Na medida em que fui acompanhando aquele importante trabalho, comecei a ganhar ainda mais interesse pela causa e mais tarde passei a escrever sobre filatelia em diversos jornais e revistas até culminar com uma vistosa coluna nas páginas do já extinto jornal O Estado do Paraná onde, durante 16 anos mantive, toda semana a coluna Jornal do Colecionador que, ao longo daquele período me rendeu 16 medalhas em exposições, entre bronze, bronze prateado, prata e prata grande. Mas o prêmio maior foi o conhecimento adquirido ao longo dos anos através da análise e pesquisa a respeito desses fragmentos coloridos que são os selos postais e que nos abrem todas as fronteiras. 
Naquele 1980 me chegava a notícia de que um dos maiores filatelistas do país acabara de falecer e com sua partida, nossa filatelia ficava órfã de um homem simples e talentoso. Ângelo Zioni ao longo de sua existência representou o que de melhor tínhamos então por aqui em se tratando de um estudioso do assunto, um grande divulgador da arte e que assim como nós, jornalistas filatélicos, passou a vida escrevendo importantes artigos sobre esta fantástica arte de colecionar selos postais.

Homem atuante, ocupou importantes cargos voltados à filatelia e após sua morte até um prêmio com seu nome fora instituído visando dar alento aos rumos da filatelia em tempos onde a informação eletrônica parecia ameaçadora para nossa arte filatélica. Em 2013 Ângelo Zioni foi muito lembrado por ocasião das comemorações do seu centenário de nascimento e nós, operários da escrita filatélica, colecionadores, comerciantes entre outros, temos que manter o nome de Ângelo Zioni sempre na lembrança de todos os que atuam no meio, considerando sua importante missão nos caminhos da filatelia e mais ainda, a paixão do homem pelos selos com uma visão profunda dos temas emitidos, das variantes todas que englobam a filatelia e de seus escritos, estudos minuciosos e de valor inestimável para esta arte que dia após dia, infelizmente, vem perdendo outros importantes filatelistas de outrora, homens que , a exemplo de Ângelo Zioni, também dedicaram boa parte de suas vidas aos selos postais e nos legaram coleções maravilhosas, estudos aprofundados em diferentes campos da filatelia, artigos esclarecedores e cada um, a seu tempo, sempre incentivando a arte filatélica que graças a Deus resiste ao tempo e à tecnlogia que nos cerca nestes dias. Fica então aqui mais esta singela homenagem e lembrança de Ângelo Zioni, o brasileiro filatelista que era, no seu tempo, o sinônimo vivo da arte de colecionar selos postais.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

SÉRIE SUSTENTABILIDADE: JOVEM APRENDIZ E REDUÇÃO DE EMISSÃO DE CO2

Com solenidade de lançamento ocorrida no último dia 10 em Brasília/DF, os Correios colocaram em circulação a série regular “Sustentabilidade: Jovem Aprendiz e Redução de Emissão de CO2 compsta por dois selos autoadesivos. Com tiragem limitada, os selos foram disponibilizados em folhas de 30 unidades com valores faciais de 1º Porte carta não Comecial (Jovem Aprendiz) e 1º Porte Carta Comercial (Redução de Emissão de CO2). 

 OS SELOS 

 JOVEM APRENDIZ: O selo retrata, por meio do desenho de um jovem, características próprias da maioria dos participantes do Programa Jovem Aprendiz, pessoas que estudam, estão conectadas e, por meio do programa, adquirem competências básicas ao ingresso no mercado de trabalho de forma mais qualificada. 
REDUÇÃO DA EMISSÃO DE CO2: A imagem do selo traz, em primeiro plano, o desenho de uma moto com a marca Correios e, também, uma tomada, caracterizando a inclusão das motos elétricas na frota da empresa. Ao fundo, o desenho de uma árvore representa que é possível exercer as atividades próprias do serviço postal com práticas sustentáveis. Foi utilizada a técnica de ilustração em vetor nas duas imagens.

terça-feira, 12 de maio de 2015

EXPRESSÕES POPULARES DA CHINA

A sabedoria milenar chinesa é o foco desta interessante série de selos postais que entraram em circulação no mês de março passado. A ideia das peças, através da Administração Postal de Chunghwa, em Taiwan é melhorar a compreensão dos adolescentes diante de algumas expressões idiomáticas que nasceram de antigas histórias da gente chinesa. Temos então no primeiro selo “Bo Le” que é o nome de uma constelação encarregada do estábulo celestial. Conta-se que durante o período da primavera e outono(770-476 aC), havia um homem chamado Yang Sun que muitos chamavam de Bo Le porque ele era especialista em cavalos. 
A lenda diz que em determinada época ele saiu em busca de um bom cavalo até que um dia ele viu um cavalo lutando para puxar uma carroça carregada com sal por uma ladeira íngreme. Quando ele se aproximou, o cavalo de repente relinchou alto e isto foi o sinal para Bo Le de que aquele era o cavalo que procurava. Depois desse episódio, as pessoas passaram a chamar qualquer um que fosse especialista na escolha de um bom cavalo de Bo Le. No segundo selo o tema volta-se para “A Ambição do Cisne”. Registros históricos apontam para um homem chamado Chen Ela, que era pobre quando jovem e trabalhava como lavrador. Um dia, ele disse com tristeza para seus colegas de trabalho: “Não vamos esquecer sobre o outro quando um de nós ficar rico um dia.” Os outros riram e lhe disseram: “Você é apenas um colono contratado. Você nunca vai ficar rico.” Suspirando, Chen retrucou: “Como pode um pardal conhecer a ambição de um cisne?” 
Esta passagem compara as pessoas comuns a pardais, que são incapazes de compreender as aspirações de um herói. Mas tarde a frase passou a ser usada para descrever uma grande ambição. Na terceira peça da série, o tema exalta “A Pena e a Espada”, fazendo referência ao capítulo 93 de O Romance dos Três Reinos onde um homem bate Kong Ming em seu próprio jogo. Surpreso, Kong Ming indaga sobre ele: “Quem é esse? Como é que ele vê através do meu truque?” Ele então se revela dizendo que é Jiang Wei, que é muito dedicado à sua mãe. Ele é adepto tanto da caneta como da espada.Além disso, ele é inteligente e corajoso e um companheiro verdadeiramente notável.
 A expressão “adepto tanto da caneta quando da espada” é usada para incentivar as pessoas a prestar atenção ao seu trabalho e suas habilidades extracurriculares. Finalmente na quarta peça, “A minúscula lâmina de grama”. A Canção do filho errante é um poema da dinastia Tang, do peta Meng Jiao e diz assim: “A agulha na mão de uma mãe amorosa vai para as roupas de seu filho errante. 
Ela faz pontos apertados antes dele sair, preocupando-se com a duração de tempo em que ele vai ficar ausente e, portanto, preservando sua veste até voltar. Como pode minúsculas lâminas de grama reembolsar o sol, por mais que eles apreciem o seu calor? A expressão descreve como as crianças recebem muito de seus pais que jamais esperam que eles os paguem com dinheiro.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

150 ANOS DO NASCIMENTO DO MARECHAL RONDON

 Os pilares da vida e obra do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon são destacados na série de seis selos que os Correios colocam em circulação hoje para celebrar os 150 anos do seu nascimento. A primeira peça faz referências a sua fase de sertanejo, mostrando a casa onde foi criado. O segundo selo, à direita, destaca a Escola Militar da Praia Vermelha e um folheto da Igreja Positivista, instituições fundamentais na formação do homenageado. Os três selos seguintes complementam a cronologia de sua obra, demonstrando a sua importância para as comunicações, cujo trabalho foi marcado pela proteção aos índios e pelo desbravamento do interior do Brasil. No último selo, a fase militar, onde se vê o carro utilizado durante a inspeção de fronteiras, a insígnia de Marechal, e Rondon com seu uniforme de gala. Acompanha a série o respectivo envelope de primeiro dia de circulação com solenidades de lançamento em Brasília/DF; Cuiabá/MT; Marechal Cândido Rondon/PR;Porto Velho/RO; Rio de Janeiro/RJ; Santo Antônio de Leverger/MT e São Paulo/SP.