terça-feira, 22 de outubro de 2013

JUVENIA 2013 - A FORÇA DA FILATELIA ESPANHOLA

No período de 14 a 20 de outubro aconteceu em Alicante, na Espanha, a 23ª Exposição Nacional de Filatelia Juvenil, a Juvenia 2013, ocasião em que jovens espanhóis dos 10 aos 21 anos, inscritos em clubes e sociedades filatélicas federadas à Federação Espanhola de Sociedades Filatélicas, tiveram a chance apresentar suas coleções e, ao mesmo tempo, criar raízes mais fortes em torno da sua filatelia. Este evento acontece a cada dois anos e objetiva incentivar os jovens a colecionar selos postais e assim, fazer com que a filatelia ganhe força e possa se desenvolver cada vez mais em todo o país. Só assim é que a Espanha poderá competir internacionalmente e em grande estilo com outros países e para tal empreitada, eventos como a Juvenia 2013 são de vital importância. 
Durante o evento, aconteceram inúmeras atividades filatélicas, dentre as quais, pesquisas filatélicas, tours da exposição, concurso de desenhos entre outros. Para assinalar o sucesso do evento, os Correios da Espanha emitiram um selo comemorativo criado pelo designer gráfico e gravador, Ramiro de Undabeytia. A Juvenia 2013 teve como palco o Centro Cultural Las Cigarreras, antiga fábrica de tabacos, criados no século 19 e cujo edifício foi recuperado para se transformar num grande centro de cultura.

CÂNONE DE AVICENA - 1000 ANOS


Nascido em Afshana, perto de Bukhara, no atual Uzbequistão, Avicena (Abu 'Ali Al-Husayn Ibn 'Abd Allah Ibn Sinã, foi um filósofo, cientista e médico muçulmano que aos 18 anos já dominava as ciências principais de sua época e praticava e ensinava a medicina. 
Sua obra é vasta e abrangente e dentre tantos escritos, a obra mais importante é o Cânone da Medicina, que Avicena começou a escrever em 1013. 
Esta obra trata do corpo humano e de questões gerais da saúde e doença, tumores e fraturas, patologias, sintomas e diagnósticos, e vários tipos de tratamentos. 
Trata-se de uma obra que continuou a ser usada regularmente no Oriente e no Ocidente até o século XVII, e que atualmente ainda contém informações uteis sobre variadas questões médicas.

 Para celebrar os mil anos dessa obra, os Correios de Portugal emitiram em agosto passado a série “Cânone de Avicena – 1000 Anos”, com um selo e um bloco comemorativos além de dois envelopes de primeiro dia e o edital.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

REVISTA COFI RESGATA O ROMANTISMO DA FILATELIA

O final daquela manhã estava bem calmo. 
Só o canto dos pássaros é que se podia ouvir por perto.
De repente, os cachorros se agitam numa já tradicional algazarra.
 É o carteiro!- Pensei! 
E logo, ele colocava as correspondências em minha caixa de correio física. 
Sim; porque hoje, nestes tempos de tecnologia cada vez mais avançada, quando se fala em correio, o que vem à cabeça é o eletrônico. Fui até o portão e apanhei os envelopes deixados. Entre eles, a nova edição da Revista Correio Filatélico, editada pelo Departamento de Filatelia e Produtos dos Correios. 
Num instante, um daqueles antigos filminhos rodou pela minha cabeça e retornei lá pelo início dos anos oitenta, quando conheci a publicação e por ela, a exemplo de tantos filatelistas do Brasil e exterior, também me apaixonei. Recordo inclusive, que naqueles tempos não havia nada similar em qualquer parte do globo que eu tivesse conhecimento. Ali, os editores traçavam um perfil sobre os lançamentos, traziam matérias especiais e uma gama de novidades que a gente esperava ansioso pela próxima edição. Curiosamente, ainda não consegui completar toda a coleção, mas me faltam poucos exemplares para tal empreitada. Algumas eu tive a oportunidade de encadernar e outras, a grande maioria, ainda aguarda pela chance. 

Pois bem; esta edição que me chega às mãos, a de nº 229 conseguiu me avivar a mente e fiquei com ela em minhas mãos sentindo aquele característico aroma da impressão e folheando suas páginas como “antigamente”. Essa nostalgia impressa veio de encontro ao meu pensamento, já que mesmo diante da tecnologia e das facilidades todas que dispomos, muita gente ainda insiste, por exemplo, em mandar cartas, ouvir disco de vinil ou tocar uma fita cassete e tem ainda aqueles que fuçam o mundo atrás de uma câmera polaroide ou de um modelo mecânico, usando filme de 35 milímetros. 
Em suma; o tempo avança e nossas antigas tradições caminham, a duras penas, neste paralelo um tanto desleal. Não seria diferente com a nossa tradicional revista de informação filatélica, a Cofi, como a maioria a chama, que já atravessou todas as fronteiras e todas as crises que bateram na nossa cara nas décadas que se foram. Outrora mensal, a revista passou por períodos complicados e virou uma publicação trimestral que infelizmente, nos chega às mãos com relativo atraso, o que a transforma em semestral, mas sem tirar os méritos e esforços de todos os que se envolvem em sua produção e, diga-se de passagem, ao longo dos anos, entre altos e baixos, idas e vindas, têm mantido sua linha editorial perfeita. 
O que me leva hoje a fazer esta abordagem, é que de repente, alguém redescobriu a verdadeira Cofi, como ela era feita antigamente e porque arrebatava uma legião de leitores.
 Pode parecer estranho, mas é puro romantismo com boas pitadas de paixão. Muitas vezes uma criação se eterniza e a gente percebe quando um dedo estranho faz modificações que de certo modo agridem nossos olhos. 


Pelo que observo, a Cofi hoje passa por um novo olhar cuja redescoberta do “antigo” a fez pulsar mais forte outra vez. 
Bem recheada com artigos e informações e bem ilustrada também, a Cofi que ora me chega traz consigo aquele requinte dos velhos e bons tempos, ou quem sabe, dos “anos dourados da filatelia brasileira.”
 Não que a filatelia esteja em decadência, mas infelizmente, grande maioria dos nossos mais afamados filatelistas já se foram, deixaram saudade por suas coleções e por seus artigos sempre muito úteis.
Não seria justo citar alguns nomes e deixar outros esquecidos, da mesma maneira que não seria justo também citar nomes da equipe da Cofi de hoje e esquecer os daqueles que, ao longo da jornada contribuíram para que a revista seguisse adiante cumprindo o seu importante papel de informar. 

As vezes a gente critica, as vezes a gente elogia, na maioria das vezes a gente precisa sim, de um veículo abrangente, envolvente e que preserva em si um coração todo próprio, que pulsa, pulsa e nos leva a acreditar que todo resgate vale uma vida, é claro, e que esta nova vida, a exemplo da transformação da lagarta em borboleta, nos promete muitas cores e muitos voos em direção a um brilhante futuro para a nossa filatelia.
De parabéns toda a Equipe do Correio Filatélico e fico por aqui, continuando minha leitura e podem apostar: aguardando a nova edição!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A AUDACIOSA TRAVESSIA DE ROLAND GARROS


Nascido em Saint-Denis, em 6 de outubro de 1888, Roland Garros foi o pioneiro da aviação francesa e marcou seu nome na história da aviação mundial através de feitos arrojados. O primeiro avião que ele pilotou foi um Demoiselle, de Santos Dumont e em 1911, qualificou-se para pilotar monoplanos Bleriot, com os quais disputou uma série de corridas aéreas. Ficou famoso por ter efetuado, em 23 de setembro de 1913, a primeira travessia aérea sem escalas do Mediterrâneo em 7h53min, mesmo com um motor avariado. Partiu da cidade de Fréjus, na costa sul da França e pousou em Bizerte,na Tunísia quando lhe restavam apenas 5 litros de combustível. No Brasil, teve uma breve passagem em 1912, quando juntamente com o piloto Eduardo Pacheco Chaves, cada um pilotando seu avião, realizou a primeira viagem aérea São Paulo-Santos-São Paulo. O conflito de 1914-1918 transformou-o em piloto de guerra e ele obteve cinco vitórias, sendo por isso tido como um ás da aviação. Faleceu em 5 de outubro de 1918 em Ardenas. Para celebrar o centenário de sua façanha sobre o Mediterrâneo, os correios de Mônaco emitiram um selo postal comemorativo.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

FARÓIS DA NOVA ZELÂNDIA



Emissões filatélicas apresentando faróis são muitas e sempre que surgem novidades, estes selos incitam muita gente a se aventurar pelo tema.

A Nova Zelândia por exemplo, é um dos países onde os faróis se espalham por sua extensa costa e, evidentemente, ao longo do tempo, cada um deles tem cumprido sua missão de garantir a segurança das embarcações.

Neste ano, a Nova Zelândia celebra os 100 anos das comunicações via rádio marítimo e também, o centenário da Castlepoint, o farol construído na costa de Wairarapa.

A presente emissão enfatiza cinco áreas da costa da Nova Zelândia que são monitoradas por faróis que ilustram os selos. Temos assim, o Castlepoint, o Nugget Point, o East Cape, o Pencarrow Head e o Cape Campbell, que agora passam a integrar o grande acervo de selos e peças filatélicas que tornam o tema muito atrativo.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

NAÇÕES UNIDAS - QUEBRANDO BARREIRAS E ABRINDO PORTAS


Em nossa vida tão agitada, parece ser impossível acreditar que cerca de 10% da população mundial, algo em torno de 650 milhões de indivíduos, vivem com algum tipo de deficiência. Cada vez mais os apelos e as campanhas de conscientização se espalham pelo mundo e os governos buscam alternativas para ajudar esse contingente de pessoas a levar uma vida normal na sociedade. O drama maior é que 80% dessas pessoas vivem em países em desenvolvimento e entre as pessoas mais pobres, 20% possuem algum tipo de deficiência, o que causa sérios problemas principalmente para mulheres e meninas, que ficam mais vulneráveis a abusos sem não esquecer que 90% das crianças com deficiência não frequentam uma escola.
Diante do quadro, neste mês de setembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas realiza uma reunião de alto nível sobre Deficiência e Desenvolvimento para aumentar a conscientização sobre o trabalho da ONU no sentido de garantir a igualdade e a inclusão de pessoas com deficiência em todos os aspectos da sociedade. A campanha tem por título “Quebrar Barreiras e Abrir Portas” e para enfatizá-la, a Administração Postal da ONU escolheu artistas de vários países, com histórias incríveis, para criar os selos que acabam de entrar em circulação.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ÍCONES DA MÚSICA AMERICANA

Visando exaltar os grandes astros da música, os correios dos Estados Unidos seguem com a série intitulada “Ícones da Música” cujos selos integram também a série especial batizada de “selos eternos”.
No decorrer deste ano, já tivemos duas importantes emissões, sendo a primeira, com selo emitido em 15 de maio, dedicada à cantora e guitarrista Lydiz Mendonza, nascida em 21 de maio de 1916 no estado do Texas. Ao longo de sua carreira foi agraciada com muitos prêmios e honrarias que a colocaram na galeria dos famosos astros da música. Ela faleceu em 20 de dezembro de 2007. Na sequência da série, um selo foi emitido no dia 5 de junho para homenagear Johnny Cash, nascido em Kingsland, em 26 de fevereiro de 1932 e cuja brilhante carreira de cinco décadas lhe rendeu a personificação do country.
Ele ganhou a denominação de “O Homem de Preto” e com sua banda de apoio, Tennessee Three”, sacudiram ao longo do tempo todos os palcos por onde se apresentaram.
Cash faleceu em Nashville no dia 12 de setembro de 2003. Para encerrar a sequência da série neste 2013, um selo para exaltar a figura de Ray Charles será lançado nos próximos dias. Pianista e cantor de música soul, Charles ajudou a definir o formato do soul ainda no fim dos anos 50.
Considerado um dos maiores gênios da música negra americana, Ray Charles também foi um dos responsáveis pela introdução de ritmo gospel nas músicas de R&B.
Foi eleito pela Rolling Stone, o segundo maior cantor de todos os tempos e o décimo maior artista da música em todos os tempos. Ray Charles não nasceu cego como muitos imaginam. Ele perdeu a visão totalmente aos sete anos de idade, sem uma causa definida. Faleceu em 10 de junho de 2004.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

205 ANOS DO NOSSO PRIMEIRO JORNAL

A Gazeta do Rio de Janeiro, fundada em 10 de setembro de 1808, foi o primeiro jornal impresso no Brasil, nas máquinas da Imprensa Régia, no Rio de Janeiro. Seu lançamento marca o início da imprensa no país. 
Até à sua publicação, fruto da transferência da corte portuguesa para o Brasil, era terminantemente proibido aos habitantes do Brasil o acesso a publicações. Publicado duas vezes por semana, era um jornal oficial e consistia, basicamente, de comunicados do governo. Seu editor era o Frei Tibúrcio José da Rocha. Também publicava informes sobre a política internacional, em especial, à realidade europeia diante dos conflitos napoleônicos e a instabilidade das colônias americanas da Espanha. A partir de 29 de dezembro de 1821 passou a se denominar simplesmente Gazeta do Rio. Com a independência, a Gazeta deixou de circular. Com seu fim, foi sucedido pelo Diário Fluminense, de Pedro I e o Diário do Governo, de Pedro II, como órgãos oficiais de imprensa. Seu conteúdo era restrito aos interesses da Coroa, e voltado para a vida cortesã. A parcialidade patenteava-se, por exemplo, no tratamento pró-inglês ao falar das guerras napoleônicas. 
Em 1818 o bibliotecário real Luís dos Santos Marrocos advertia em carta ao seu pai, em Portugal: Devo advertir que nelas (notícias) há muita falta de exação e muita mentira, que não posso desculpar, pois, narrando com entusiasmo coisas não existentes ou dando valor a ninharias, cai no absurdo, ou talvez no desaforo, de não publicar fatos e circunstâncias ainda mais essenciais daquele ato. Em 2008 os Correios emitiram um selo comemorativo para celebrar os 200 anos da fundação do nosso primeiro jornal.

NOVA ZELÂNDIA E A SAÚDE DAS CRIANÇAS

Nos grandes centros urbanos os animais de estimação são, em geral, os cães e os gatos, além de alguns bichos como o furão e algumas aves, como as calopsitas. Já em regiões mais afastadas, as crianças tendem a optar por animais como o carneiro, o cabrito e até mesmo o porco.
Na Nova Zelândia isto acontece muito nas áreas onde a atividade agrícola é muito forte e, portanto, onde as crianças que lá vivem, acabam escolhendo animais que seriam, a primeira vista, inusitados. Pensando nestes casos, os órgãos voltados à saúde de sua gente, decidiram avaliar mais de perto esse convívio e assim, tirar proveito dessas amizades que envolvem as crianças e seus bodes, carneiros e porquinhos. Os estudos revelaram que as crianças que têm este tipo de convívio aprendem com mais facilidade habilidades valiosas, como a responsabilidade, empatia e autoconfiança, já que precisam estar sempre cuidando de seus amiguinhos e sabem que eles confiam em suas ações para ter comida, abrigo e amor incondicional. 
Além disso, tudo, o sistema de saúde, através de divisões especiais, vem atuando nas regiões mais distantes com a finalidade de cuidar da saúde daquelas crianças e, ao mesmo tempo, levar toda a experiência do campo para o coração das cidades e assim, manter a saúde de todas as crianças dentro dos níveis estabelecidos. Para registrar as atividades da infância rural, os correios da Nova Zelândia emitiram três selos, sendo um autoadesivo, uma minifolha e um envelope de primeiro dia.

RETOMANDO A JORNADA

As vezes, ainda que contra nossa vontade, é preciso sim dar um tempo! Este ano de 2013, desde que começou, não tem contribuído para com as minhas andanças filatélicas. Tenho sim é acompanhado de longe alguns movimentos e para não dizer que fiquei de todo afastado, ainda tive a chance de exaltar os caminhos da filatelia por ocasião do Dia dos Pais na escola da minha pequena Ana Júlia. Na ocasião, dentro das possibilidades e com o apoio dos Correios, que me cederam exemplares da Revista Cofi, do Jornal O Filatelista e de vários editais e da Filatélica Olho de Boi, que me proporcionaram a entrega de selos postais para distribuição além do Manual de Filatelia de autoria do Professor Kael. 
Evento na Escola Antonio Rios, em
São José dos Pinhais-PR
Todo esse material foi distribuído para uma boa parcela dos presentes ao evento e é claro que despertou o interesse em algumas pessoas. Só posso agradecer uma vez mais pelo apoio dos Correios e da Filatélica Olho de Boi e torcer para que dentro em breve, eu possa voltar à minha vida normal, inclusive no que diz respeito a tudo o que envolve a filatelia. Por hoje é apenas isto! Um rápido desabafo pedindo a compreensão de todos e, na medida do que me for possível, passarei a postar novamente os lançamentos e algumas matérias especiais, que sempre somam pontos positivos entre nossos leitores por todas as partes.

segunda-feira, 25 de março de 2013

A FOLHA QUE O VENTO NÃO LEVOU

Durante longos 18 anos mantive, toda semana, minha página do “Jornal do Colecionador” nas páginas do Jornal O ESTADO DO PARANÁ. Recordo da primeira página onde eu fala sobre selos lotéricos, então emitidos pelo Japão e depois, de tantas outras voltadas à filatelia temática e que me renderam uma enorme bagagem de conhecimentos. Também não posso esquecer, mais ou menos um ano depois, da primeira página com ilustrações em cores, já que anteriormente o espaço era em preto e branco. Daí por diante, o Jornal do Colecionador começou a ganhar leitores fiéis todos os domingos e assim, a render muitas e muitas cartas oriundas de diversas cidades do interior do Estado.
Dentre tantas, duas me surpreenderam, por que partiram da iniciativa de duas professoras que estavam, naqueles tempos, utilizando as páginas como auxílio pedagógico em suas aulas e, evidentemente, por estarem em regiões distantes das casas filatélicas, necessitavam de selos postais para dividir entre seus alunos. Nesta época, duas filatélicas aqui de Curitiba foram primordiais para ajudar na empreitada, a Pires Filatelia, do amigo Lindolfo Pires e a Filatélica Olho de Boi, do amigo e professor Cael. Lá iam pelo correio os selos e por lá, acredito, as aulas se tornavam mais produtivas e divertidas. Coisas que só a filatelia pode proporcionar de uma maneira prática e simples e, ao mesmo tempo, um tanto educativa. 

Com a expansão da página e de sua participação em diversos eventos filatélicos, começaram a surgir os reconhecimentos, através de várias medalhas, entre bronze, prata e prata grande, num total de 16 peças que vieram comprovar a importância daquele trabalho e é claro, mostrar que a responsabilidade aumentava a cada edição. Pois bem; ao longo daqueles 18 anos, que tiveram início em 1992, entreguei meu material fielmente, todas as quartas-feiras no início da noite nas mais diferentes formas: a pé, de bicicleta e de ônibus. Fosse dia seco ou chuvoso, quente ou frio. A missão tinha que ser cumprida e não faltou o apoio de muitas pessoas para que isto fosse possível. Na redação do jornal, meu grande amigo José Guilherme era o editor do caderno especial, onde o material era publicado e, num daqueles lances de brincadeira, me apelidou de “Pedro Selo” e depois de “Peter Sellos” numa alusão ao ator Peter Sellers. 
Começava a era dos e-mails e ficou, portanto “Petersellos”. Histórias que só a filatelia nos concebe através da paixão que nos arrebata e sendo assim, dentre as mais de 900 páginas escritas, algumas foram marcantes, como a página da edição do dia 03 de janeiro de 1999, quando a gente estava na virada do ano e decidi fazer algo voltado para a ocasião. A página ficou bonita, vistosa e deu uma característica toda especial naquele dia. Remexendo em minhas pastas, deparei com ela dia desses e decidi reproduzir todo o seu conteúdo em nosso espaço, aproveitando as facilidades da nossa atual tecnologia. Evidente que num dos textos eu atualizei para 2013, mas o restante é fiel à época, inclusive as ilustrações, com selos sul-africanos que me deram hoje um trabalhão danado para localizar na internet. Na época, os extrai de uma revista que recebi da administração postal daquele país. Agora, os convido para acompanhar esta “página”, que aqui, nesta entrada de outono denomino carinhosamente de “folha”. Sim; a folha que o vento não levou! Aquela folha que a gente encontra dançando ao vento e que por alguma razão, acaba dentro de um livro como uma espécie de recordação de instante mágico da vida que só a alma consegue compreender.














Foram 542 semanas repletas de novidades no campo do colecionismo, em especial a filatelia. Ao longo de 98, estivemos empenhados em buscar sempre o melhor, procurando orientar, informar e indicar, principalmente aos nossos leitores mirins os melhores caminhos no tangente ao início de uma coleção.
 Hoje, nossa primeira edição de 99, decidimos fugir um pouco do convencional e dedicar o espaço a todas as pessoas, independente de suas coleções, porque exatamente hoje, para nós, é um novo começo e para cada um de vocês, certamente que também é.
Portanto, vamos juntos reavaliar nossas atitudes passadas visando assim, prosseguir a jornada com justiça, dedicação e, acima de tudo, honestidade, que é o que mais estamos precisando neste País atualmente.
 Que 1999 seja para todos vocês um ano repleto de realizações e de muita paz. E que a realização dos seus sonhos seja uma realidade, uma merecida vitória pelos seus esforços.



segunda-feira, 18 de março de 2013

ILHAS FAROÉ - FRUTOS DO MAR

 Apreciados em diferentes regiões do planeta, os chamados frutos do mar são cada vez mais procurados e fazem de muitos restaurantes um ambiente requintado. Caros em função de uma série de questões, esses frutos do mar só são mais baratos para quem os retira de seus ambientes naturais, os pescadores. Mas nos grandes centros, saborear uma deliciosa lagosta, um ótimo camarão e um suculento caranguejo ainda é para uma minoria mais abastada. Os correios das Ilhas Faroé acabaram de lançar esta interessante série de quatro selos para exaltar esses frutos do mar lá encontrados e que hoje, estão também entrando num outro patamar comercial que diz respeito à criação em cativeiro. A prática visa incrementar o comércio dessas espécies dando também melhores condições e oportunidades a todos os que se envolvem no projeto. Embora a lagosta e o caranguejo sejam fartos por lá, o mesmo não ocorre com o camarão, cuja produção natural é pequena em função das condições da água, um tanto gélidas para que a espécie se reproduza com a mesma facilidade das regiões tropicais. Como se observa, eis mais uma série de selos interessantíssima para quem se dedica a um tema específico ou mais abrangente sobre espécies marinhas.

LUTA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Com lançamento previsto para a próxima quinta-feira, dia 21/03, o mais recente selo postal dos Correios faz referência importante à Luta Contra a Discriminação Racial. Integrando a Série América, o selo em questão apresenta três rostos em perfil, simbolizando a diversidade racial onde, o perfil na cor preta se estende até a apresentação desta luta no centro da margem inferior. A figura do perfil colorido com estampas destaca pessoas negras em situação cotidiana, profissionais, família e atletas, em igualdade de oportunidades, caminhando sobre uma rampa que se transforma na faixa central da bandeira nacional, representada ao lado direito do selo. No esquerdo, o desenho do Congresso Nacional sob os símbolos da União Postal das Américas, Espanha e Portugal-UPAEP e da Organização das Nações Unidas. 
O selo foi trabalhado pela artista Ariadne Decker e a escolha do dia 21 de março para seu lançamento se deve ao fato de que em no dia 21 de março de 1960, em Sharpeville, África do Sul, a polícia do apartheid, regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994, atirou contra um grupo de manifestantes desarmados, matando 69 e ferindo 180 pessoas. Na origem do protesto estava o repúdio à Lei do Passe, que constrangia e humilhava a população negra, cerceando sua liberdade de circulação. O episódio, de grande impacto mundial, ficou conhecido como “Massacre de Sharpeville”.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

ANO LUNAR DA SERPENTE - BELAS PEÇAS DO CANADÁ

Meus amigos filatelistas! 
Depois de um período de pura observação, eis que regresso às atividades inerentes a este espaço e uma vez mais confiante de que a nossa filatelia seguirá firme e forte e que os grandes eventos já marcados para este ano possam ser um grande sucesso. Este 2013 que começa agora nos reserva uma grande jornada pela frente e ao que tudo indica, em variados setores da vida, neste ano “a cobra vai fumar”, como diziam antigamente. 
Mas a grande verdade é que 2013 assinala, através do Calendário Lunar Chinês, o Ano da Serpente e, sendo a cobra o sexto animal de uma série de doze que regem a vida, ela representa o materialismo, inteligência e graciosidade. Os nascidos no Ano da Serpente são analíticos e tendem a olhar de perto antes de saltar. Gostam de luxo e sabem como conseguir o que desejam, ainda que isto signifique planejamento e estratégias exaustivas. Como a serpente, os nascidos sob seu signo apreciam o silêncio, a paz e a tranqüilidade e sendo assim, que nada os incomode, senão; é bote certeiro!

Mas deixemos essas questões astrológicas a quem de direito e passemos a falar sobre a beleza das peças emitidas no último dia 8 pelos correios do Canadá e que prestam homenagem a este Ano da Serpente, da mesma maneira que diversas outras administrações fazem a cada início de ano. 
A serpente começa a reger 2013 no dia 10 de fevereiro e seguirá até o dia 14 de fevereiro de 2014. Enquanto ela domina as atenções, os selos postais do tema certamente que vão abrilhantar muitas coleções e estas peças do Canadá não podem faltar, afinal de contas; foram elaboradas com muito cuidado pelos designers Joe Gault e Avi Dunkelman, da Mix Design Group, em Toronto.
Para deixar ainda mais especiais as peças, eles contaram coma participação do calígrafo Tan Chao Chang e juntos, conceberam a cobra como um objeto tridimensional, o que deu um toque ainda mais rico ao trabalho. 
Durante alguns meses a equipe envolvida neste trabalho consultou especialistas em cultura chinesa até que chegaram finalmente à conclusão das peças e nelas usaram dois acabamentos fundamentais, a folha de ouro e o relevo. 
Os envolvidos na confecção das peças afirmaram que objetivo de se criar peças com tamanha exuberância foi o de impressionar os correios locais, os correios de outros países e principalmente todos os que colecionam selos postais. Acertaram na medida.