DO VELOCÍPEDE ÀS MODERNAS BICICLETAS

A demanda de veículos automotores é cada vez mais crescente em todas as partes do mundo. As montadoras utilizam a tecnologia de ponta para colocar rapidamente no mercado os seus produtos e nunca em tempo algum a gente pode ver pelas ruas tantos modelos diferentes oriundos de diversas marcas.
Os automóveis oferecem hoje muito mais conforto e comodidade e as facilidades para aquisição são tantas que o volume de carros já é um problema mundial de tráfego e poluição, tanto do ar quanto sonora.

Em nosso tempo conturbado e que imprime um ritmo cada vez mais veloz em todos os sentidos, é chegado o momento de as pessoas voltarem seus olhos para um veículo ecologicamente correto: a bicicleta!
Eu acredito que ao longo da nossa história jamais tivemos um concorrente à altura considerando que a bicicleta não utiliza combustível e, portanto não polui, é prática, versátil e só traz benefícios à saúde.
O tema é muito interessante tanto no aspecto de mobilidade barata quanto no que diz respeito à filatelia. Através de inúmeras emissões de selos retratando a bicicleta e sua utilização, podemos acompanhar a história evolutiva desse veículo que hoje consegue reunir muitos grupos de ciclistas que pedalam, principalmente à noite, nos grandes centros urbanos. A proposta dessa gente é provar o quanto a bicicleta é importante em nossa vida e isto tem levado muitas prefeituras a adotarem ciclovias, de maneira a permitir que as pessoas possam usufruir de momentos saudáveis enquanto pedalam tranqüilas por essas vias significativas.

Atualmente existem variados modelos de bicicletas que com toda certeza vão de encontro aos gostos mais simples e aos mais apurados, passando também pelos preços mais acessíveis e chegando, alguns modelos a preços que podem até assustar. Mas é preciso separar o joio do trigo e entender que a bicicleta comum é uma coisa e os modelos destinados às práticas esportivas são outra.
Lá no começo deste veiculo de duas rodas tracionado por pedais que fazem girar as rodas puxadas por uma corrente a coisa foi bem complicada. 

Os primeiros “cavalos de pau” eram realmente muito estranhos e aos poucos foram ganhando aprimoramentos que deram origem ao velocípede e que permitiram então a chegada do guidão, dos pedais, da corrente entre outras peculiaridades até chegar aos nossos dias com modelos que oferecem até a troca de marchas, permitindo que o ciclista possa, por exemplo, transpor uma subida sem maiores esforços.
A história da bicicleta se confunde com a história da humanidade desde o século XV e dessa maneira, a bicicleta integra um tema realmente interessante no campo filatélico.
São tantas as emissões que até livros e catálogos especializados já foram editados com o propósito de auxiliar os colecionadores que decidem encarar o desafio.
A emissão mais recente aconteceu no início de setembro na França e diz respeito a um bonito bloco que nos mostra a evolução da bicicleta e também nos incita a fazer uma pesquisa para saber mais sobre como tudo aconteceu.

Já dentro do contexto temático filatélico, é sempre interessante lembrar que a bicicleta se transformou bem mais do que num simples veiculo de transporte humano e de lazer. Ela tem tido importante papel no trabalho, servindo como suporte para se transportar pequenas cargas e, em alguns países, através de adaptações, as bicicletas são usadas até como táxi. Até mesmo dentro da filatelia a bicicleta se faz presente, já que muitos carteiros a utilizam para entregar correspondências em locais mais distantes nas grandes e pequenas cidades.

Dentro do tema, é bom não esquecer de buscar peças que de repente exaltem figuras envolvidas com a bicicleta, como por exemplo, Karl Friedrich C. Ludwig Drais Von Sauerbronn, que adaptou a direção ao celerífero ou então, Kirkpatrick MacMillian, que adaptou o eixo traseiro de duas bielas, entre outros que deram à bicicleta importantes contribuições. Também na área esportiva há que se destacar importantes nomes do ciclismo mundial, quer em campeonatos mundiais, regionais e também nos Jogos Olímpicos.
Como se observa, o tema é tão complexo quanto à história da bicicleta e fica aqui o desafio para aqueles que ainda não optaram por um tema filatélico.

Façam uma boa pesquisa, verifiquem a disponibilidade de selos do tema nas casas filatélicas e procurem descobrir outros filatelistas, preferencialmente avançados, que já se dediquem ao tema há algum tempo. Estes com toda certeza poderão contribuir com muitas peças importantes, considerando que geralmente os filatelistas temáticos possuem muitas duplicatas para suas trocas.
Ah! E não esqueça de também das suas pedaladas e assim, colaborar para uma saúde perfeita e ao mesmo tempo, para um mundo menos poluído.

CAVALOS IRLANDESES

Dentre os tantos temas possíveis no universo da filatelia, os cavalos ocupam posição de destaque, já que são encontrados praticamente em todas as partes do planeta e possuem várias raças interessantes.
No último dia primeiro de setembro, os correios da Irlanda brindaram os colecionadores com a emissão de uma bonita série composta por 4 selos retratando o cavalo irlandês.
As peças foram baseadas nos trabalhos do pintor e também cavaleiro Peter Curling e apresentam o cavalo puro-sangue e o pônei Connemara além de outras duas espécies típicas do país. Os selos foram produzidos pelo designer Steve Simpsom.

100 ANOS DE FUTEBOL

Os austríacos não têm ainda uma presença marcante no que diz respeito ao futebol, mas sempre estiveram envolvidos com a arte da bola. Foi em 1911, com o nome de “Primeira Classe” que eles realizaram o primeiro campeonato de futebol. Até o inicio de 1950 equipes que não eram de Viena e da Baixa Áustria não participavam do evento e assim, somente a partir daí é que o torneio passou a englobar outras equipes e viu-se a necessidade de se criar uma liga de futebol que no decorrer dos anos teve vários nomes, sendo atualmente a “Bundes Liga”. O futebol profissional na Áustria foi instituído em 1924 e no ano de 1936 a liga passou a se chamar “Liga Nacional”. Durante o período da Segunda Guerra o futebol foi mantido porque não houve interferência por parte dos nazistas. Terminado o conflito surgia a Federação Austríaca de Futebol que foi passando por inúmeras reformas até atingir os objetivos de se manter uma unidade futebolística com mais força e representatividade.
De todo modo, para os austríacos continua valendo como celebração o ano de 1911 quando o futebol começou a dar seus primeiros sinais de emoções fortes e agora, neste 2011 completa seus 100 anos de atividades. Os correios da Áustria emitiram um bonito selo para registrar este centenário dando destaque a uma antiga chuteira.

POLONESES NO MUNDO

Os poloneses ganharam o mundo através de sua arte, sua cultura e também de seus inventos singulares. É complexo abordar em poucas linhas a respeito de poloneses famosos em sua terra natal e de outros que bem longe dali colocaram seus nomes na história. Dentre tantos, não podemos esquecer de Karol Josef Wojtyla, o inesquecível Papa João Paulo II.
No Brasil, por exemplo, muitos poloneses chegaram para escrever uma nova história e até hoje conseguem manter suas tradições na terra que os acolheu.
Os correios da Polônia decidiram prestar homenagem a quatro grandes poloneses que ao longo de suas existências muito contribuíram no que diz respeito à ciência e, se poucos conhecidos em outras partes, na Polônia sempre foram e continuarão a ser reverenciados. Temos assim na série de 4 selos, Jan Josef Baranowski (1805-1888);Jan Szczepanik (1872-1926);Michal Sedziwój (1566-1636) e Rodoff Stefan Weigl (1882-1957). São inventores, professores, alquimistas e biólogos que contribuíram muito para com o desenvolvimento do seu país e também para muitas partes do planeta. A série é perfeita para se encaixar em alguns temas filatélicos que abrangem as ciências e a medicina de modo geral.

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DA RÚSSIA

A Rússia esconde muitas relíquias em seu interior e só agora é que estes pontos de atração começam a ser conhecidos pelas pessoas de outras partes do mundo.
Malyje Karely, por exemplo, é um museu ao ar livre todo construído em madeira e seguindo à risca as tradições da arquitetura do país.
Localizado a uns 25 quilômetros da cidade de Arkhangelsk, o lugar já foi inclusive usado para uma produção cinematográfica com o ator francês Gerard Depardiu.
Fundado em 17 de julho de 1964 o local foi aberto à visitação em junho de 1973 depois que estava com tudo devidamente arranjado.
Ali o visitante tem contato com as características históricas e etnográficas da região bem como a cultura e tradições únicas do norte da Rússia.

Encontramos ali igrejas, torres com sinos, capelas, cruzes, moinhos, celeiros e casas antigas assim como uma série de ferramentas, veículos, moveis e utensílios domésticos variados.
Visando enaltecer a importância do museu para sua gente e ao mesmo tempo incentivar o turismo ao lugar, os correios da Rússia emitiram um bloco comemorativo onde destacam-se a Capela de São Macário (século XVIII), a Igreja da Ascensão (século XVII) e um moinho de vento do início do século XX. Observa-se em primeiro plano na peça uma tradicional mesa devidamente arrumada nos moldes de sua época. Vale registrar que no local existe um bom hotel e um ótimo restaurante que atendem os turistas que para lá se deslocam. Já as tarifas, são evidentemente diferenciadas para russos e estrangeiros.

SÉRIE RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS: BRASIL-UCRANIA

Já se passaram 120 anos desde que os primeiros imigrantes ucranianos chegaram ao Brasil trazendo muita esperança e com ela, suas tradições e costumes.

Calcula-se que existe atualmente no Brasil algo em torno de meio milhão de ucranianos, a maioria no Estado do Paraná.

Para celebrar as relações diplomáticas entre Brasil e Ucrânia, os Correios emitiram no dia 24 de agosto um selo comemorativo que divulga duas igrejas Cristãs Ucranianas, uma na cidade de Kyiv, Ucrânia, e outra na colônia ucraniana brasileira, na cidade de Mallet, no Estado do Paraná.

À esquerda, visualiza-se a Catedral de Santa Sofia, com suas cúpulas douradas, de arquitetura bizantina. Ao lado direito, observa-se a Igreja de São Miguel Arcanjo, a primeira construída no Brasil por imigrantes ucranianos. À frente da peça, destaca-se o suntuoso Campanário da Catedral de Santa Sofia com quadro andares.
O contraste das cores, ao fundo, no selo, retratando a noite e o dia, expressa, no conjunto, o relacionamento, a integração e o respeito entre os dois países.

CAMPEONATO MUNDIAL EM CICLISMO DE ESTRADA

A primeira prova oficial do Campeonato Mundial em Ciclismo de Estrada aconteceu em 1927 na Alemanha e só foi interrompido no período da Segunda Guerra Mundial.
Ao longo dos anos, a competição já teve provas em diversos países como França, Itália, Portugal, Áustria, Holanda, Noruega, Bélgica e Espanha além de outros países europeus. Do outro lado do mundo, a prova aconteceu em 1977 na Venezuela, em 1986 nos Estados Unidos e em 1995 na Colômbia.
Neste 2011 o campeonato terá lugar na Dinamarca no período de 19 a 25 de setembro e desde já os preparativos por parte dos competidores segue em ritmo acelerado.
Para registrar mais esta etapa os correios da Dinamarca emitiram um selo auto-adesivo mostrando um competidor montado em sua bicicleta. A peça foi desenhada pelo artista gráfico Leo Scherfig.