Na medida em que o tempo avança, surgem pelo nosso caminho de vida, inúmeros desafios. Lá na infância, por exemplo, o maior deles é aprender a andar, coisa que muitos e muitos anos mais tarde, a gente vai vivenciar com muita emoção perante os nossos filhos. Em outras paragens, vamos por assim dizer, um desafio interessante é observar o homem do campo domando um cavalo e tantos outros tentando cavalgar pela primeira vez.
De toda maneira, um dos grandes desafios no que diz respeito à filatelia temática, é o colecionador poder criar uma coleção realmente fascinante e completa e, dentre tantos temas, os cavalos ganham destaque em todas as partes. Primeiro porque os cavalos realmente apaixonam a maioria das pessoas e depois, porque os selos produzidos na grande maioria das ocasiões, são majestosamente vistosos.
Fazia tempo que eu me preparava para voltar a esse assunto tão interessante e recordo que há cinco anos, quando ainda assinava a página do Jornal do Colecionador, no Jornal O Estado do Paraná, publicava um artigo, ainda que pequeno, para falar um pouco sobre os cavalos na filatelia.
Evidente que se trata de um tema tão complexo que seriam necessárias páginas e mais páginas para se abordar todos os apectos que dizem respeito as mais váriadas raças equinas ao longo da história do mundo, desde o seu surgimento até nossos dias, passando pelas mais variadas transformações.
Não é, portanto, possível trilhar por este caminho, mas é viável “trotear” um pouco para ao menos, incentivar novos filatelistas e pensarem com carinho nesse tema praticado por muita gente mundo afora.
Ao longo da história do homem, os cavalos sempre estiveram presentes, ocupando diversas funções de apoio nos transportes, nas atividades agrícolas, nas guerras, nos serviços postais ou em acirradas competições que movimentam fortunas no turfe mundial.
Através do tempo, muitas raças foram mantidas sem que houvesse uma mistura e isto fez com que muita gente passasse a se dedicar à criação de puros sangues transformando tal atividade numa das mais rentáveis no mercado mundial.
Atualmente, o resultado desse trabalho primoroso pode ser visto em exposições e leilões de cavalos que movimentam milhares de dólares mundo afora e que fazem do cavalo muito mais do que um animal forte e de presença marcante.
Diante desses atributos, não é de se estranhar que o volume de emissões filatélicas alusivos aos cavalos seja cada vez maior, já que através do selo postal, cada país pode exaltar suas raças e ao mesmo tempo divulgá-las para o mundo. Tais emissões fazem com que os catálogos especializadas ampliem suas páginas a cada nova edição e consequentemente, levam os colecionadores a buscar, em todas as partes, as novas peças que lhe interessam para aprimorar suas coleções.
Temos então, a cada ano, dezenas de emissões de selos isolados, séries completas, blocos, folhinhas, envelopes , cartões-postais e máximos além de uma infinidade de carimbos que, juntos, proporcionam também muitos créditos a seus criadores, em geral, renomados artistas que muito bem definem seus talentos através desses fragmentos que atravessam todas as fronteiras mostrando cada vez mais um trabalho digno de ser bem apreciado.
Como se observa, o tema “cavalos” pode ser com toda certeza um salutar desafio àquele que topar encara-lo com seriedade e que esteja ciente de que a jornada não vai ser nada fácil. Lembro que para definir um roteiro, será interessante mergulhar em muitas pesquisas, já que os cavalos são descendentes de uma linha evolutiva com cerca de sessenta milhões de anos, numa linhagem que parecer ter iniciado com o Hyracohterium, um animal primitivo com cerca de 40 cm de altura.
Já os antecessores do cavalo que nós conhecemos, são originários do Norte da América e se extinguiram por volta do Pleistoceno há cerca de cento e vinte mil anos. Depois surgiriam os cavalos selvagens e com eles toda a uma história de evolução que se espalhou pelo mundo trransformando esses animais em grandes atrações e grandes paixões, sejam por criadores, proprietários ou simples admiradores.
Das variadas raças hoje existentes, temos a Andaluz, Alter, Real, Árabe, Berbere, Bolonhês, Bretão, Crioulo, Lusitano, Paint Horse, Pônei, Quarto de Milha entre outras, todas bem distintas, vistosas e que sem dúvida alguma, através dos selos, vão dar um toque todo especial à temática que, invariavelmente,sempre será competitiva em exposições e demais eventos da filatelia.
Por essas e outras, podemos afirmar que o mundo de fato vai rodando nas patas dos cavalos e cada vez mais, eles se tornam grandes atrações e encantam multidões em todo o planeta.
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