A quadra de selos foi lançada no dia 23 de julho pelos Correios e tem como tarefa divulgar e registrar os mitos do folclore brasileira que povoaram e povoam o imaginário de avós, pais, filhos e netos. São valores e crenças populares, que sobrevivem de geração em geração. Não se sabe como surgiram e, menos ainda, quando terão fim, se é que terão...
Os selos apresentam uma das várias formas de representação: a mais conhecida e circulada na cultura nacional.
Curupira, Mãe-do-ouro, Boto e Mula-sem-cabeça, conhecidos de norte a sul do País, embora não deixem de apresentar uma espacialidade recorrente, às vezes, como o caso do Boto, são bastante específicas. Por exemplo, o Curupira é o mito das matas; o Boto, das águas amazônicas; a Mula-sem-cabeça, das pequenas cidades; a Mãe-do-ouro, de ordem mais temporal que espacial, diz respeito a lugares marcados pela cultura do garimpo ou pelo passado do ciclo de ouro.
Os personagens foram dispostos pelo artista (Jô de Oliveira) em 4 selos, formando uma quadra. No canto superior esquerdo, a imagem do Curupira montado num porco do mato, assustando um possível agente do desmatamento, representado por um homem e uma serra elétrica que derruba a árvore. No canto superior direito, a Mãe-do-Ouro emerge das águas com uma bola de fogo nas mãos, sintetizando a inspiração para um garimpeiro. No canto inferior esquerdo, as figuras do Boto e de uma jovem gestante, alude à lenda da sedução de mulheres por um homem desconhecido. No canto inferior direito, a Mula-sem-cabeça, que teria sido uma mulher, amante de um padre, este representado pelo homem dentro de uma igreja. Como imagem de fundo, a natureza, o verde simboliza a mata com muitas plantas, frutos e animais; o rio isola os personagens como uma ilha, de difícil acesso, reportando ao imaginário. A quadra de selos está disposta, também, em uma minifolha, que divulga, no canto superior direito, a logomarca da Exposição Filatélica Nacional – BRAPEX 2011. Foi utilizada a técnica de desenho.
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