
Este colecionador que infelizmente já nos deixou era Jamil Roll do Amaral cuja existência, entre seus afazeres de praxe, detinha todo o tempo disponível para reunir seus bilhetes e ir buscá-los nos pontos mais distantes, de modo que conseguiu formar uma maravilhosa coleção, detendo inclusive peças de extrema raridade.Naqueles tempos, divulguei muito esta arte e até passei a colecionar também afinal; a exemplo dos selos, os bilhetes lotéricos também promovem a nossa arte, a nossa cultura e os nossos costumes. Nestas frações que carregam os sonhos de se ficar milionário da noite para o dia, vamos encontrar muitos temas interessantes, que passam pelas aves, a música, personagens da história, animais diversos, futebol entre tantos outros.
No Brasil a loterofilia não conseguiu firmar-se como em outros países, embora se tenham feito tentativas de todos os tipos para incrementar o colecionismo de frações lotéricas. Até a própria Caixa Econômica Federal teve um instante de brilho que, não fosse a própria burocracia, teria impulsionado a arte. Dessa maneira, a nossa loterofilia ficou mesmo navegando sob o comando de um grupo de apaixonados espalhados de norte a sul do país. Dentre tantos, vamos encontrar Sylvio Luongo, empresário do ramo lotérico cuja Casa Luongo vem funcionando há muitos anos e isso o levou também a criar subsídios para divulgar esta arte com direito a impressão de álbum e portal exclusivo sobre o assunto na internet.Atualmente Luongo preside a Alesp-Associação dos Lotéricos do Estado de São Paulo, é secretário da Fenal e diretor do Jornal de Loterofilia além é claro, de suas atividades à frente da empresa que dirige.
Apaixonadíssimo pelos bilhetes, Luongo detém peças raras e significativas dentro do nosso contexto histórico conforme vocês podem observar nas ilustrações.
Em princípio, você que é leigo no assunto pode achar isso tudo uma perca de tempo, pois os bilhetes premiados são trocados
pelo portador pelo prêmio nele estampado e os demais vão diretamente para o lixo. Além disso,
Temos que pensar em loterofilia apenas como um salutar passatempo que ajuda, assim como o selo postal, a ampliar nossos conhecimentos. Podemos dizer que os bilhetes são “figurinhas numeradas” que dão um toque todo especial ao álbum. Além disso, iremos encontrar muitas séries da Loteria Federal voltadas para temas diversos ou então, frações que foram impressas com erros os mais diversos ou ainda, bilhetes com números curiosos, como por exemplo, 00.001 ou 55.555 e por ai em diante. Existem algumas peças raras que na hora da confecção foram assinaladas erroneamente, como um bilhete da loteria do Estado de São Paulo que numa ocasião, há muitos anos, prestava homenagem ao Dia da Bandeira, em sua ilustração, mas na referência escrita fazia alusão à Proclamação da República. Como se observa, a loterofilia tem suas particularidades, é um hobie barato, ajuda a passar o tempo e funciona também como uma incomparável terapia, que pode ser praticada por pessoas de todas as idades.Ajudem a divulgar a loterofilia e se você for professor, leve sem medo para a sala de aula, explicando aos seus alunos que, não se trata apenas de um jogo, mas de uma grande oportunidade de se aprender muito a respeito da nossa própria história. (P.B.J)






















